Com a votação de Tarcísio de Freitas, candidato de Jair Bolsonaro ao governo de São Paulo, os investidores e banqueiros apontaram sua mira para a Sabesp, terceira maior empresa de saneamento do mundo, atrás apenas de duas organizações francesas, a Veolia e a Suez.
A sanha do sistema financeiro, que aposta na vitória de Tarcísio, se baseia no fato não só da Sabesp ser lucrativa (sua receita operacional registrada no último ano foi superior a R$ 19 bilhões, com um crescimento de 7% ao ano, nos últimos cinco anos), mas também por seu grau de eficiência, o que garante ganhos seguros para quem apoia a privatização da estatal.
“O Sintaema tem travado uma campanha incansável para denunciar a ameaça de privatização da Sabesp que coloca em ricos o emprego de 12,3 mil trabalhadores e trabalhadoras, que garantem o abastecimento de água para a 28,4 milhões pessoas, nos 375 municípios que atende, e a coleta de esgoto 25,2 milhões”, reforçou a direção do Sindicato ao lembrar que Fernando Haddad foi o único candidato a firmar compromisso público de não privatizar a empresa.
Segundo o Sintaema, os dados só revelam a importância da Sabesp para o desenvolvimento do estado, seja do ponto de vista social, seja do ponto de vista econômico. “Graças ao empenho do conjunto da categoria que compõe esse braço importante do Estado, a Sabesp se consolida como uma referência na área de água, saneamento e serviços ambientais. Por tudo isso seguimos firmes na luta contra a privatização da Sabesp”, reafirma a direção.
Outro dado destacado pelo Sintaema e que reflete o impacto para o Estado e a para população caso a Sabesp seja privatizada é sobre os investimentos que a empresa realiza.
“Em 2021 foram aplicados cerca de R$ 5 bilhões em programas de abastecimento de água e expansão do sistema de coleta e tratamento de esgoto nos municípios atendidos, o que resultou em 178,9 mil novas ligações domiciliares de água e 225,5 mil de esgoto. Tudo isso está sob ameaça caso Tarcísio de Freitas ganhe no segundo turno”, alertou a direção do Sindicato.