Os trabalhadores da Sabesp do Pólo São Mateus e dos Escritórios Regionais de São Mateus e Aricanduva estão apreensivos e amedrontados por estarem sendo vítimas constantes de roubos e furtos de veículos e objetos nessas localidades. De 2008 até o início de janeiro deste ano foram registradas 26 ocorrências, sendo que um trabalhador foi vítima cinco vezes da ação dos ladrões em um período de aproximadamente três meses, e em um dos casos levaram até a roupa do companheiro. Esses crimes estão abalando psicologicamente os profissionais, que ficam totalmente desestimulados para executarem suas tarefas junto à população, já que estão vulneráveis a essa violência. Foram nove veículos, dezenas de celulares, documentos, máquinas, equipamentos de segurança, ferramentas de trabalho, Palmtops (agenda eletrônica), pneus e pertences levados pelos ladrões, que ameaçam os trabalhadores a mão armada. Até mesmo uniformes e crachás já foram roubados, o que compromete inclusive a segurança da população atendida. Apenas em alguns casos as viaturas e objetos foram recuperados. As providências tomadas pela Sabesp são paliativas. Já houve conversas de gerentes com as lideranças comunitárias, orientações para os trabalhadores não reagirem aos assaltos e andarem em comboio, mas isso tudo não tem evitado os roubos. Vale dizer que os veículos são locados, e, embora tenham o logo da Sabesp, não seguem a caracterização padrão dos veículos da empresa. Talvez se seguissem inibiria a ação dos ladrões. É necessária uma ação da superintendência, é preciso conversar com as autoridades governamentais da área de segurança para que essa violência seja banida. Afinal, quando a categoria faz greve, a empresa prontamente aciona a polícia, e várias viaturas ficam à disposição da Sabesp. Já que a empresa tem toda essa influência para tentar inibir o movimento dos trabalhadores que estão em seu legítimo direito de greve, porque não usa desta mesma influência para dar mais segurança quando os companheiros estão a trabalho? O governo estadual precisa ter e conciliar uma política eficiente de segurança com uma política social, pois além desses casos específicos de nossa categoria a população paulista vive amedrontada com tanta violência. O Sintaema vai continuar denunciando os casos e cobrando da Sabesp uma ação mais efetiva, o trabalhador não pode ficar vulnerável a toda essa violência em pleno desenvolvimento das funções.