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Atendentes das Agências Comerciais

Como é do conhecimento da categoria, o Sintaema solicitou uma mediação na Promotoria do Trabalho sobre a questão dos Atendentes a Clientes. Os que cumprem ou cumpriam jornada especial de trabalho, jornada semanal de 30 horas ou seis horas por dia. A Sabesp tenta fulminar a existência das jornadas especiais há alguns anos e consequentemente os cargos inerentes a essas jornadas, como é o caso dos atendentes a clientes, utilizando o ardil expediente de impor alteração de contrato, de salário, de nomenclatura do cargo, de jornada laboral, de exposição ao atendimento superior a seis horas/dia, pressionando e agindo de forma arbitrária, inclusive em alguns casos demitindo trabalhadores. Para os que aceitam são impostas metas abusivas, multifuncionalidade, limite à ascensão profissional pelo famigerado plano de cargos e salários, discrepâncias salariais no que diz respeito ao aumento de jornada, o que resulta em prejuízos aos trabalhadores e contraria o artigo 468 da CLT. Tem-se verificado o aumento do número de afastamentos ou doenças relacionadas ao trabalho, assim como a omissão destas por parte de muitos trabalhadores que temem serem perseguidos e a truculência que vem permeando a era Gesner/Serra, além do descumprimento da lei de estagiários, atendentes terceirizados sob a mesma chefia dos sabespianos, porém, em condições piores, menores aprendizes sendo explorados resultando em inúmeras reclamações ao Sintaema. A audiência de conciliação aconteceu dia 18 de março e a Promotora do trabalho solicitou a lista de todas as agências onde ocorreram tais fatos. A Sabesp alegou descaradamente não ser esta uma prática da empresa. Em breve teremos outra tentativa de conciliação e se a empresa não cessar esses procedimentos não restará alternativa senão a via judicial e protestos na agência. Rio Vidoca: sindicato entra com representação no MP Conforme já relatado neste jornal, depois de denúncias sobre o despejo de esgoto in natura no Rio Vidoca, um dos afluentes do Rio Paraíba, o Sintaema entrou em outubro passado com uma representação contra a Sabesp no Ministério Público de Meio Ambiente de São José dos Campos para apuração de suposto crime ambiental. Na representação foram anexados vários documentos, fotos e matérias jornalísticas, como a do programa CQC, que mostrou o despejo. A bacia do Córrego do Vidoca é parte integrante do Plano Diretor de Esgotos Sanitários da cidade de S.J. dos Campos e, em 2002, conforme noticiário da época, a Sabesp anunciou que abriria licitação para executar projetos de despoluição do rio, um ano após liberação de R$ 21 milhões por parte do governo federal. O projeto previa a construção de coletor-tronco de esgoto de 7 km de extensão e instalação de estação elevatória para enviar os resíduos até a estação de tratamento de Lavapés. Porém, o que foi presenciado durante todos esses anos foram obras paradas e não concluídas, e o esgoto sendo jogado no rio pela própria Sabesp. Frente à representação feita pelo Sintaema o MP questionou o engenheiro responsável pela obra, que, por sua vez, informou que em 2005, passados cinco anos da conclusão do projeto, foram iniciadas as obras do sistema, mas que devido a problemas técnicos de solo arenoso no lençol freático local as obras foram interrompidas no final de 2006 e depois novamente em 2008, quando então solicitaram estudos do IPT para solucionar o problema. As obras foram retomadas em setembro de 2009 e a previsão é que sejam concluídas em junho deste ano, de acordo com as informações do engenheiro responsável ao MP. O MP cobrou da Sabesp o envio de informes atualizados sobre o andamento das obras e o cumprimento da data de entrega das mesmas. O Sintaema, que desde o ano passado vem denunciando o despejo irregular de esgoto no rio Vidoca, acompanhará o processo e continuará na luta pela preservação dos rios.