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Não vamos pagar essa conta!

No próximo dia 19 de junho será realizado em Brasília, em frente o Banco Central, um ato-protesto contra a política de juros que vem sendo adotada pelo referido órgão. A taxa de juro do Brasil, que está entre as maiores do mundo, vinha sofrendo sucessivas quedas dentro de um longo período de tempo, mas eis que de repente voltou a subir por duas vezes consecutivas. A justificativa para tal medida se fez necessária em função da volta da inflação, foi isso que disse o presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Este argumento esconde algo que está por trás, pouco perceptível num primeiro momento, mas que será muito sentido com o passar dos dias pela população. O aumento dos juros que ora se verifica, tem tudo a ver com a crise imobiliária dos EUA que já causou um trilhão de dólares de prejuízo financeiro. Para tentar conter a crise, os próprios arautos do neoliberalismo foram obrigados a pedir socorro para o tão diabolizado Estado como é conceituado por eles, para garantir a liquidez do crédito e impedir a bancarrota do sistema financeiro, com destaque para os EUA, União Européia e Japão, que injetaram muito recurso nisso. A crise imobiliária ocorreu no epicentro do sistema capitalista, ou seja, nos EUA, mas o boleto a pagar, querem transferir para os países periféricos. O Brasil, cujo governo federal não alterou os fundamentos da política macroeconômica, visto pelos movimentos sociais como o ponto mais débil e mais contraditório do presidente Lula, torna-se presa fácil desse objetivo. Elevar a taxa de juros é o que está reservado para o Brasil, isso entra como forma de alíquota para garantir os lucros dos especuladores que perderam lá, mas querem recuperar cá. E quem paga é o povo. Julgamos inteiramente correta a luta contra a política de juros altos que traduz a essência dos fundamentos da política macroeconômica de caráter neoliberal que aqui se aplica. O SINTAEMA e a CTB, Central na qual somos filiados, se somarão as outras centrais e outros movimentos no importante Ato contra a atual política de juros do Banco Central