Multa de R$ 116,93 milhões aplicada à Companhia por danos ambientais seria um dos principais motivos da suspensão. O Jornal Valor Econômico publicou no último dia 28 a notícia de que a venda das ações da Sabesp, prevista para o dia 27 de outubro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi suspensa. A insegurança gerada a partir de uma multa de R$ 166, 93 milhões aplicada à empresa por danos ambientais, e a determinação de um Juíz de Paraguaçu Paulista para que a Sabesp pare de lançar esgoto nos rios do município, seriam os motivos da suspensão, entre outros fatores. O valor da multa é considerado o mais alto na história da empresa, e segundo uma fonte falou ao Valor, este não seria o melhor momento para a venda das ações, que estão caindo significativamente por vários fatores além dos citados. Mas, como o governo estadual teria a intenção de fazer “caixa”, a venda seria agora. Ong foi responsável pela ação Através de uma representação no Ministério Público em 2001, a Organização Não Governamental “A Salvação de um Rio”, de Paraguaçu Paulista ganhou a ação contra a Sabesp em julho deste ano pelos danos causados ao Rio Alegre, responsável por 55% do abastecimento. O MP tentou acordos, mas a Sabesp contestou, alegando estar no município como saneadora, e não poluidora. Porém, segundo o presidente da Ong, Humberto Brisolla Neto, o MP possui laudos da Cetesb e da Usp comprovando a contaminação da água. “Existem vários vazamentos de efluentes no decorrer do rio”. O presidente considera a sentença uma vitória da comunidade local. Na contra-mão do bom senso, a Sabesp gasta milhões em propaganda sobre a despoluição do Rio Tietê e polui os rios do Interior.