Em assembléia realizada dia 11 de junho, os trabalhadores deliberaram greve a partir do dia 21/06/10, mantendo sempre aberto um canal para negociação, o que não foi levado em consideração por parte da empresa, mantendo-se a mesma intransigente com sua proposta inaceitável de 3,5% de reajuste salarial com repasse aos benefícios. No dia 21, com os trabalhadores em greve, a empresa preocupada com a repercussão e expressiva adesão dos trabalhadores ao movimento paredista, chamou o Sintaema para uma reunião onde apresentou uma nova proposta com 5,05% de reajuste salarial ( IPC – FIPE) e uma nova política de subsídios a ser aplicada aos benefícios, com algum avanço em relação ao que anteriormente fora apresentado, reduzindo os custos para os trabalhadores nos mesmos benefícios. Porém, a proposta foi rechaçada pelos trabalhadores e, portanto, mantida a greve. Por ter ingressado junto ao judiciário com pedido de medida cautelar e dissídio coletivo de greve já no dia 18, a empresa não obteve a liminar (não foi julgada), mas provocou uma audiência de instrução e conciliação para o dia 22, e nessa audiência a Saned manteve inicialmente a proposta que fora recusada em assembléia (5,05% mais avanços nos benefícios). Diante do impasse, o representante do Tribunal propôs reajuste salarial de 5,49% (INPC – IBGE) com repasse aos benefícios e participação da assessoria econômica para prosseguir em negociação, além de manter o estado de greve e retorno imediato ao trabalho, momento em que a empresa discordou de qualquer reajuste acima da inflação (apegando-se à lei que impede aumento real de salários em ano eleitoral) postura idêntica à da Sabesp. O Sintaema manifestou-se favorável à aceitação e aplicação imediata da proposta de 5,05% com avanços nos benefícios e prosseguir negociando com participação da referida assessoria do Tribunal com encerramento limitado a 10 dias. No dia 23 a empresa apresentou uma proposta de 5,49% de reajuste salarial (INPC – IBGE), a qual foi comunicada ao Tribunal (pela empresa) mantendo a mesma política de subsídios aos benefícios e a retroatividade à data-base de 01/05/10, que foi defendida pelo Sintaema e aprovada em assembléia por ampla maioria, encerrando-se o movimento paredista com muita luta e dignidade e um relativo avanço, o possível para o momento, pois não haveria possibilidade de avançar mais, chegamos ao nosso limite, dada a postura irredutível por parte da empresa, e enfrentaríamos um julgamento incerto sem previsão de agenda nem qualquer reajuste até a realização do mesmo. Em 29 de junho o acordo foi assinado. Parabéns a todos os companheiros e companheiras da Saned pela luta e espírito combativo que resultou no fechamento do acordo. Principais itens da proposta Cesta Básica: Subsídio de 80 a 99% do valor do benefício, de acordo com as faixas salariais Vale-refeição: De R$ 13,00 para R$ 14,00, perfazendo um reajuste de 7,69%, com subsídio de 80 a 90% do valor do benefício, conforme faixas salariais. Vale-desjejum: de R$ 3,50 para R$ 4,00, totalizando 14,29% com subsídio de 80 a 90% do valor do benefício, em conformidade com as faixas salariais. Convênio Médico: Subsídio de 60 a 93% do valor do benefício, conforme faixas salariais. Convênio Odontológico: 40 a 70% do valor do benefício, conforme faixas salariais. Creche-Escola: 0 a 18 meses e 29 dias – de R$ 260,00 para R$ 300,00, obtendo reajuste de 15,38%. De 19 meses a 6 anos, 11 meses e 29 dias – de R$ 173,00 para R$ 200,00, sendo este reajustado em 15,61%.