No dia 15 de abril os trabalhadores da Saned promoveram um grande ato de protesto em frente à Câmara Municipal de Diadema pela manutenção da Saned, pela ampliação e transparência das discussões em torno do processo de fusão entre a empresa e a Sabesp, conforme projeto de lei que cria uma autarquia municipal com 50% do controle da Prefeitura e 50% da estatal. Além de ter se reunido com representantes da Prefeitura e da Saned, o Sintaema já havia exposto seus questionamentos sobre a possível fusão e sua preocupação com a ameaça de privatização e terceirização que paira sobre o processo. Os trabalhadores estão preocupados, falta clareza e a ampliação das discussões sobre o tema que é essencial, pois são a garantia da manutenção de trabalhadores profissionais e capacitados e o futuro do saneamento público em Diadema que estão em questão. É preciso constar em lei pontos que garantam os empregos, que não abram brechas à privatização, que garantam a política tarifária e social, que garantam que a população de Diadema não voltará a ser assombrada pelo fantasma do rodízio e pelas tarifas altas. Durante o protesto o Sintaema distribuiu uma carta aberta à população com todos esses questionamentos, e continuará acompanhando e cobrando a ampliação das discussões, mais clareza e transparência nessa fusão. O projeto de lei do Executivo não é claro em relação aos trabalhadores da Saned, e este vácuo criou uma instabilidade entre os companheiros, por isso o Sintaema exige transparência e informação no processo. Após protesto, prefeito se reúne com o Sintaema Graças ao exemplar movimento do dia 15, o Prefeito de Diadema, Mário Reali conversou com os trabalhadores no dia seguinte e informou que haverá audiências públicas sobre o projeto com amplos debates entre os vereadores. Disse ainda que se reuniria mais vezes com o Sintaema e afirmou garantir os postos de trabalho, a política tarifária e social e a consulta pública. Porém, vale dizer que esta reunião só ocorreu devido ao protesto e às entrevistas do sindicato na mídia, pois o Sintaema havia enviado ofícios ao prefeito e não houve retorno para essa discussão. Ainda há muitos pontos não esclarecidos, por isso o Sintaema reitera o pleito e continuará lutando para que o projeto seja amplamente discutido e que as reivindicações constem em Lei, como as garantias da criação de uma agência reguladora municipal, do Conselho Municipal de saneamento com participação de representantes dos trabalhadores e da população, uma pesquisa quadrienal e consulta popular com 60% dos consumidores, entre outros.