De acordo com documento do Codec/Governo Serra, as orientações para as negociações com os trabalhadores do Estado são as piores possíveis: não dar aumento real, não dar aumento de benefícios (se possível, retirar), sem estabilidade no emprego, não reconhecimento da data base, e outras mazelas inaceitáveis. O rol de agressões às aspirações dos trabalhadores por uma vida melhor e mais digna é enorme e não se limita ao documento orientativo acima descrito. A terceirização, a precarização do trabalho, a falta de concurso público, a multifuncionalidade, a completa desvalorização dos funcionários das empresas ligadas ao Estado é absurda e demonstra claramente o projeto de Estado mínimo do governo Serra, que não negocia com seus trabalhadores, que investe pesadamente em propaganda, mas se recusa a recompor os defasados salários daqueles que de fato se preocupam com o bem público. Na Fundação Florestal, além de tudo isso, os trabalhadores que têm que viajar a serviço (e, portanto, têm direito à diária de viagem) terão de arcar com os gastos deste deslocamento pagando do próprio bolso, podendo ser reembolsados em até 30 dias após. É PAGAR PARA TRABALHAR! Não bastassem os salários rebaixados e a negativa em adequá-los dignamente, agora os trabalhadores terão que financiar a empresa? É este o tipo de governo que queremos para Brasil? O Sintaema está agindo para reverter esta situação, no mínimo absurda, e espera também que a direção da Fundação use a mesma influência política que utilizou quando do aumento dos cargos de confiança para fazer algo em prol dos trabalhadores.