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Trabalhador da Sabesp não tem culpa!

Com o aprofundamento da crise da água em São Paulo, trabalhadores da Sabesp já sentem no dia a dia a pressão maior da população.

A crise do abastecimento de água em São Paulo vem aumentando paulatinamente. Sem sombra de dúvida, vivemos um dos piores momentos da Sabesp desde sua criação.

Nos últimos meses o Sintaema vem aprofundando o debate e abrindo espaço neste jornal para as mais diversas opiniões e pontos de vista, inclusive para a própria Sabesp, e assim continuaremos fazendo o debate nos campos técnico e político, visto que a crise cresce dia a dia por toda a região Sudeste, afetando os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, transcendendo as divisas políticas e geográficas.

Faz-se necessário um grande debate envolvendo toda a sociedade, os entes federal, estaduais e municipais, assim como a sociedade civil em defesa do saneamento público e universal voltado para o interesse da população.
A Sabesp, como de costume, vem negligenciando informações na tentativa de mascarar a situação, apostando na chuva e não assumindo o seu papel de apresentar um plano de contingência que explique para a população a real necessidade do racionamento.

Vários locais já estão sem água ou com intermitência no abastecimento, ou seja, embora não haja o pronunciamento oficial do governo estadual, o racionamento já é um fato para muita gente há tempos.

E isto faz com que a população em alguns locais se revolte contra os trabalhadores da Sabesp, que são hostilizados e recebidos com agressões verbais, ameaças de agressões físicas e até sequestros temporários caso não volte o abastecimento. A população está esquecendo que os verdadeiros culpados por esta situação são o governo do Estado e a administração da Sabesp, e não dos trabalhadores.

"Entendemos que muitas pessoas estão sofrendo com a falta de água, mas nossos companheiros não podem levar a pior por conta da gestão desastrosa que a Sabesp vem fazendo, ela não está sabendo administrar essa crise da qual ela deve explicações por não ter tomado as devidas medidas preventivas e os necessários investimentos em reservatórios. A bomba vai estourar se não chover”, enfatizou o presidente do Sintaema, Rene Vicente.
“Vamos continuar esclarecendo os fatos e defendendo nossos trabalhadores, visto que eles estão expostos às reclamações mais imediatas nas ruas", finalizou o presidente.