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Sustentabilidade da Fundação Florestal – Os rumos pós-reajuste

 

Os trabalhadores da Fundação Florestal conquistaram o reajuste, e agora pensar nas dificuldades, nas diferenças ideológicas, nas expectativas pessoais, nos entraves jurídicos que se apresentam traz a necessidade de reflexão.
Refletir sobre a pluralidade de pensamentos, entender que não há inimigos, mas pessoas que fazem suas funções segundo suas capacidades e visão de mundo, que em alguns momentos divergem, em outros concordam, outros se omitem e, indo mais além, outros só criticam a tudo e a todos; dentro desse turbilhão existem aqueles que que participam do processo e contribuem positivamente para a construção.
Divergir faz parte da natureza humana, mas a divergência pura e simples não constrói uma sociedade melhor.
Temos visto um crescente progresso no diálogo das esferas administrativas da Fundação, bem como o próprio secretário do Meio Ambiente, Rubens Rizek, que tem se sensibilizado frente às questões da Fundação Florestal, através dos pleitos encaminhados pelo Sintaema em nome dos trabalhadores.
O grande desafio apresentado pelo secretário passa pela sustentabilidade financeira para a construção de uma agenda positiva em face das necessidades dos trabalhadores da Fundação Florestal.
Agenda esta que vai desde a recomposição dos benefícios, como a cesta básica,o vale refeição, o plano de cargos e salários, as condições dos locais de trabalho,a conservação das instalações das unidades, o atendimento do público dentro e fora das Unidades, dentre as tantas necessidades elencadas, e que são conhecidas por todos os atores deste processo.
Este tema foi defendido pelo atual secretário de meio Ambiente, durante a reunião tida com o Sindicato quando falou das fontes de receita próprias para a Fundação Florestal durante a reunião que teve com o Sintaema no dia 01/07/2014, quando tratávamos do reajuste de 2014 e as tantas demandas.
A reclamação que o sindicato fez ao secretário foi que entra ano, sai ano e a dificuldade é a mesma, com as mesmas justificativas de que a Fundação não tem receita própria, que se socorre do tesouro estadual para o reajuste, ao que perguntamos: qual é a saída?
O secretário citou o SIGAP – Sistema de Informação e Gestão de Áreas Protegidas, como peça para debate e defesa e saída para esta situação. E por falar em SIGAP, no último dia 4 houve uma apresentação no auditório do Instituto Florestal, no Horto para os trabalhadores da Fundação Florestal abordando o SIGAP.
A criação do SIGAP criado através do Decreto n° 60.302, de 27/03/2014 será esta a resposta?
Os parques e as unidades de conservação, podem gerar a "sustentabilidade financeira" necessária sem destruir o meio ambiente?
São os debates que precisam estar na pauta coletiva, sem a construção de muros ou quintais para aglutinar inimizades ou intransigências ideológicas, pessoais, coletivas, partidárias, profissionais, técnicas e até talvez religiosas, enfim sem "bairrismos".
Enquanto existe uma legislação que não ajuda, muita gente que reclama, existem outros que procuram o Sindicato como entidade representativa dos trabalhadores, citando como exemplo os trabalhadores do Instituto Florestal, onde também se apresentam os mesmos desafios para com o conjunto dos trabalhadores desta instituição.
É possível que alguma expectativa particular não atendida gere reclamações ou críticas, sendo estes os elementos que fazem o caldo que compõe uma sociedade, mas que não podem ser a pauta norteadora para a busca de soluções.
Como então fazer este debate, incluindo todos os atores do processo, comunidades afetadas, trabalhadores, instituições e tantos outros atores do processo, sem comprometer o patrimônio público, ambiental e o futuro ?
Como projetos feito o PL 62/13, que virou lei, podem ajudar? Se estes colocam organizações sociais como o que há de melhor, de que modo farão a fiscalização destas entidades para que o patrimônio público não seja desmontado ou sucateado?
Como colocar o capital intelectual acumulado pelos trabalhadores da Fundação Florestal na pauta principal deste debate, como valorizar a carreira destes, que fazem o trabalho duro, que conhecem os percalços da instituição, e que por muitas vezes são preteridos em nome de "comissionados" que também são trabalhadores e merecem todo o respeito, mas que acabam por se socorrer do conhecimento acumulado pelos carreiristas da Fundação?
O Sintaema está neste debate e contamos com a colaboração dos trabalhadores para este debate rico, plural, democrático e principalmente defendendo o Meio Ambiente saudável para as próximas gerações.

Juntos na luta!