O Sintaema participou de evento em Campinas no dia 17 de julho, o Seminário “Gerenciando a Escassez de Água na Indústria”, realizado pela CIESP, em Campinas, e que teve como objetivo esclarecer empresários das indústrias sobre a situação da crise da água na região dos Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e os impactos nos processos produtivos, além de formas para gerenciar o problema.
O evento contou com a Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água na Indústria (CT-IND) dos Comitês PCJ, com o prof. da Unicamp, Dr. Antonio Carlos Zuffo, representantes da Ciesp, Fiesp, GAEMA (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente -MP), Sanasa, DAE-Campinas, Petrobras, Rhodia e outras empresas.
As apresentações focaram predominantemente suas necessidades de maior volume de água para aquela região, dada sua demanda.
Reuso, racionamento e várias medidas de uso racional dos recursos hídricos foram pautados com propriedade pelos participantes.
Porém, o viés corporativista não permitiu a exposição dos fatos como eles são em relação à boa vontade política, e o principal não foi abordado pela CIESP: a responsabilidade do governo tucano por esta crise jamais vista em nosso Estado.
Em que pese a estiagem histórica, a ausência de planejamento, ações preventivas e investimentos por parte do governo, a falta de visão administrativa e soluções mais viáveis diante desta crise contribuíram muito para iminência do colapso do Sistema Cantareira, que já usa seu volume morto e tem data para acabar: setembro deste ano.
Mais preocupante é que o Sistema Alto Tietê, que vem cedendo água de seu reservatório, já dá sinais de seca e também terá que ceder o volume morto. É a crise das crises!
Nosso Estado está sendo desmontado pelo governo tucano-PSDB. São 20 anos de estrago e inércia, obras que nunca terminam, estações de metrô que não são entregues, educação precária, degradação ambiental com monocultivos na agricultura, violência sem controle e agora querem nos deixar sem água! Não admitem a necessidade urgente de rodízio para não se queimarem em ano político, preferem destruir um reservatório e sua complexa estrutura, gastar bilhões com obras emergenciais, todas paliativas e sem retorno a curto prazo, e mais centenas de milhões em dividendos para acionistas especuladores. Tudo para não admitir sua incapacidade de gerir um Estado importante como São Paulo. Lamentável!
Segundo especialistas, a tendência é de seca no Sudeste e cheias no Sul e Norte do país, um novo fenômeno El Nino.