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Sindicato deve representar todos os trabalhadores do ramo – Editorial

A unidade é fundamental para garantir vitórias e direitos dos trabalhadores. Esta idéia é compreendida por todos e sempre que possível nos unimos com as mais diversas categorias e entidades para reivindicações conjuntas. A Constituição garante aos trabalhadores a liberdade e a autonomia sindical, mas esse direito ainda é limitado, na medida em que a lei anda não permite a organização por ramo de atividade. Já no seu 3º. Congresso, realizado em 1997, o Sintaema identificou que os trabalhadores brasileiros têm sofrido grande impacto com as mudanças do processo produtivo, que se aceleraram nos últimos anos: automação, novas formas de organizar a produção e a terceirização. Neste mesmo congresso, o Sintaema defendeu a organização por ramo de atividade, além da unicidade sindical. Isto permitiria ao Sindicato, por exemplo, representar todos os trabalhadores que prestam serviços à Sabesp, Cetesb e todas as empresas que fazem parte de nossa base, sejam eles do quadro das empresas, englobando as mais diversas profissões (administrativas e técnicas) ou terceirizados. Esta representação, mais ampla, permitiria, por exemplo, que o Sintaema, ao ingressar com uma ação judicial defendendo algum direito lesado, pudesse estender essa ação e, portanto, a decisão favorável dela decorrente, beneficiaria todos os trabalhadores do sistema de saneamento e meio ambiente, independente da profissão de cada um ou do tipo de vínculo empregatício. O Sintaema tem procurado defender e representar os trabalhadores em todas as suas demandas e lutas, independentes da categoria que pertençam, porém, em caso de processo denominado substituto processual só representa a categoria. Isso ocorre por força de lei e não por nossa opção. Rever a atual forma de organização sindical e garantir a organização por ramo de atividade é urgente. Isso possibilitaria superar o desafio organizativo, de mobilização e conscientização da nova geração de trabalhadores, cada vez mais submetidos ao caráter explorador do capitalismo, intensificado pelas inovações tecnológicas que ocorrem todos os dias. Para enfrentar estes desafios, o movimento sindical deve realizar mobilizações cada vez mais amplas e gerais, desenvolvendo novas formas de luta. Ao mesmo tempo, é preciso enraizar ainda mais a organização sindical no local de trabalho. Cada trabalhador deve ser parte deste processo.