Metrô Desde o anúncio da parceria para a realização da Linha 4, os metroviários vêm mobilizando os trabalhadores, travando lutas e embates judiciais para barrar o processo de privatização, o que culminou numa estrondosa greve no dia 15 de agosto, com adesão massiva da categoria. Infelizmente, a mídia e o Governo tentaram colocar a população contra esta louvável luta dos companheiros em prol do serviço público de qualidade. Greve política, desrespeito ao usuário e greve irresponsável foram algumas pechas colocadas a um movimento que teve como objetivo defender o patrimônio público e os trabalhadores. Com o objetivo de criminalizar o movimento, o Metrô entrou com representação no Ministério Público pedindo indenização de R$ 70 milhões ao sindicato, além da multa de R$ 100 mil impetrada pelo Tribunal Regional do Trabalho por descumprimento da sentença. Segundo nossos companheiros metroviários: • O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou acima de 73% dos recursos, enquanto a iniciativa privada investirá menos de US$ 340 milhões, ou abaixo de 27% do total; • O Metrô pagará o lucro prometido caso a arrecadação tarifária não atinja a meta estabelecida, durante os 30 anos de concessão; • O Metrô abrirá mão de todo o rendimento dos empreendimentos associados nas estações e arredores, tais como lojas, shoppings, estacionamentos e publicidades; • O Metrô terá que construir sozinho o trecho de metrô de V. Sônia até Taboão da Serra após 2012. Este recurso não está computado nos US$ 922 milhões empenhados na concessão; • O Metrô terá que investir na modernização da Linha C da CPTM, para garantir aumento de demanda para o concessionário. Caso não faça isso, terá que indenizar pagando o valor referente às viagens não realizadas. Este recurso não está contabilizado nos US$ 922 milhões empenhados na concessão; • Não está garantido que o concessionário terá que comprar os 29 trens que constam no edital, gastando menos de US$ 340 milhões; • A empresa vencedora da licitação receberá do governo o valor de R$ 75 milhões para operar a Linha 4 – Amarela. Afora este prejuízo ao erário, existem ainda os danos que isto causará aos trabalhadores: os trens vão circular sem operadores; haverá apenas um funcionário por estação; o Corpo de Segurança será reduzido; não haverá concurso público para ingresso de metroviários na Linha 4 – Amarela; a jornada de trabalho será maior; o salário será reduzido e o acordo coletivo dos metroviários não será respeitado pela empresa privada. Usuários são contra a PPP A Campanha “Diga Não à Privatização do Metrô” vem ganhando adesão dos usuários, cerca de 12 mil assinaturas já foram coletadas em apenas dois dias de campanha, materializando o pensamento da população em relação à concessão da Linha 4 – Amarela.