De forma unilateral, o Departamento Comercial da Unidade de Negócios Centro-MC da Sabesp anunciou o fechamento de várias agências comerciais da Sabesp na zona leste de São Paulo, prejudicando o atendimento à população e dificultando a vida dos trabalhadores, contrariando até mesmo as orientações da Agência Reguladora ARSESP. Serão fechadas as agências Vila Prudente, na Avenida Sapopemba, a agência Tatuapé, na Rua Antonio de Barros, e a agência Aricanduva, na Avenida Inconfidência Mineira, sem contar as agências da Vila Mariana, Sé e Lapa que já não atendem a população há mais de um ano. Infelizmente, percebemos que a Sabesp quer manter apenas o atendimento nos bairros centrais, como Mooca, Ipiranga, São Mateus e no Poupatempo Sé, penalizando a população dos bairros mais afastados e que necessitam de atendimento comercial. Nestas agências haverá aumento diário tanto de trabalho quanto de reclamações da população insatisfeita com essas medidas autoritárias. Estes bairros da periferia da Zona Leste da Capital são muito populosos e a vida dos moradores que necessitam de atendimento ficará mais difícil, visto que não há Poupatempo na região, o mais próximo é o Poupatempo Sé. E nesse caso, há poucos trabalhadores da Sabesp e vários trabalhadores da empresa VAP, que emprega deficientes, sendo que todos sofrem devido à penosidade da função, pois a população que se desloca dos bairros longínquos ao Poupatempo Sé para solicitar o atendimento da Sabesp geralmente chega nervosa e desconta sua raiva nos trabalhadores, que não são culpados pela má administração da Sabesp. Isso tem gerado um alto grau de afastamento de trabalhadores devido a problemas de saúde causados pelo estresse do trabalho diário. Há pouco mais de um ano a Sabesp alugou o prédio da Agência Aricanduva e investiu em reformas, e agora terá que desocupar o imóvel para devolver ao proprietário. Essa é a “economia” da empresa. Vários trabalhadores que residem próximo a uma determinada agência foram deslocados para outro ponto da cidade sem poder decidir onde gostariam de trabalhar, dificultando suas vidas. O Sintaema repudia esta atitude arbitrária da empresa e cobrará as devidas explicações, tanto para defender os interesses dos trabalhadores, quanto para garantir a permanência das agências e o atendimento à população nos bairros da periferia.