Terminamos com uma ofensa e uma injustiça, disse o Presidente da Argentina. Devido a diversos problemas e precariedade dos serviços, o Governo argentino rescindiu o contrato com a empresa Águas Argentinas, do grupo francês Suez e reassumiu os serviços de água e esgoto de Buenos Aires, decisão apoiada por quase 90% da população, de acordo com os jornais daquele país. O que desencadeou a ruptura foi um conjunto de problemas, como descumprimento de metas, má qualidade da água (análises comprovaram nível elevado de nitrato na mesma), falta de acesso à água potável e ao sistema de esgoto a 2 milhões de pessoas, e diversos abusos cometidos pela empresa. Além de romper o contrato, o Governo argentino pretende processar a empresa. Desde 1993 a concessionária vinha operando na Capital Argentina, com concessão de 30 anos. Durante o tempo que operou, lucrou milhares de dólares sem cumprir o contrato. Agora os serviços serão efetuados pela estatal Águas e Saneamentos Argentinos- Aysa. De acordo com o Governo, o Estado argentino deve proteger os mais indefesos, o acesso à água baseado na justiça social. Este fato na Argentina só vem a comprovar ainda mais os malefícios que a privatização dos serviços públicos causam à população, principalmente no saneamento, que tem interface com a saúde. Os motivos que levaram o Governo Argentino a romper o contrato são os mesmos que o Sintaema vem denunciando e lutando há tempos. A privatização só garante o lucro à iniciativa privada e coloca em risco a qualidade da água, comprometendo a saúde pública.