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Planos de saúde: palestra foi elucidativa

Uma das principais preocupações dos trabalhadores no ato da aposentadoria é em relação aos planos de saúde. Isso se deve principalmente porque o serviço de saúde pública em nosso País e Estado encontra-se em situação precária, fruto de políticas que privilegiaram o setor privado e relegaram a segundo plano o serviço público, apesar dos vários impostos que a população paga para este fim.

Esta procupação fica mais acentuada porque quando estamos em atividade profissional a empresa oferece um plano de saúde com qualidade e preço acessível, e no momento em que mais precisa do serviço, o aposentado encontra muitas dificuldades em arcar com os elevados custos médicos.

E por que isto acontece? No plano pleno, que atende aos trabalhadores da ativa, os custos do plano são divididos: metade é subsidiado pela empresa e metade pelos trabalhadores, o que contribui para tornar o preço acessível.

Outra característica é que paga-se pelo grupo familiar, o número de trabalhadores que contribuem ainda é muito alto e a idade média é relativamente baixa para os padrões de planos de saúde.

Já nos planos especial e básico, que também são administrados pela Sabesprev, a situação é inversa, visto que o governo se nega a desenvolver uma política de subsídio aos aposentados.

Os planos não têm contribuiçao financeira da empresa, ou seja, os custos são arcados pelo próprio aposentado, o custo é por pessoa, há poucas pessoas cotizando as despesas e a idade média é alta para os padrões dos planos de saúde.

Esta situação torna os planos especial e básico deficitários economicamente, e estão sendo suportados com repasses mensais do plano pleno há vários anos, e isto pode acabar, visto que a Agência Nacional de Saúde – ANS, vem, através da legislação, criando entraves jurídicos e administrativos, proibindo esta prática, o que torna estes planos ainda mais caros e totalmente inviáveis.

Além desses planos, a Sabesprev mantém um convênio com a Unimed Paulistana, que oferece um plano aos aposentados com custo inferior aos demais planos, e tem se apresentado equilibrado financeiramente.

É importante destacar que os problemas apresentados nos planos de saúde têm como base a política exercida pelo governo do Estado, que vem sistematicamente diminuindo o quadro de funcionários, o que compromete as estruturas dos planos de saúde, muito vulneráveis nesta questão.

Diante deste quadro, que há tempos temos informado no jornal, o Sintaema e os conselheiros eleitos têm, sistematicamente, insistido para que a Sabesp e a Sabesprev apresentem alternativas para os aposentados em relação ao planos de saúde.

Na última campanha salarial ficou acertado que a Sabesp constituiria um grupo de trabalho envolvendo os sindicatos para discutir os planos de saúde.

Já houve duas reuniões. Na primeira, o atuário contratado ouviu as expectativas da Sabesp, Sabesprev e os sindicatos e opiniões sobre os planos.

Na segunda reunião, foi apresentado o diagnóstico atuarial e a situação financeira de cada plano, que, como já falamos, foi mostrado em números a situação crítica dos planos especial e básico.

Os sindicatos discutiram várias alternativas para o atuário proceder os cálculos e debater na próxima reunião. O Sintaema propôs vários estudos, como a criação de uma poupança saúde, criação de um novo plano com uma rede credenciada menor, com bom padrão de qualidade e serviços dirigidos para que se possa negociar melhores preços e baratear o custo aos aposentados, redescutir o plano especial e básico, trabalhando com a perspectiva de fusão, rediscussão da rede credenciada, bem como separar as carteiras de agregados e designados, priorizando o público alvo que são os aposentados, entre outras idéias.

Nos próximos jornais, daremos os informes das reuniões.