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O capitalismo cada vez mais vulnerável

No último dia 16 de agosto foi notícia na mídia a crise financeira eclodida a partir do mercado imobiliário norte-americano, que há anos promove um festival de financiamentos sem muitos cuidados com a comprovação de renda e a juros variáveis que acompanham a taxa básica americana, a qual passou a subir e a causar problemas aos devedores, ampliando sua inadimplência. A notícia de uma crise financeira se espalhou pelo mundo especulativo, e todos os mercados ficaram reféns, porque na globalização neoliberal, a especulação financeira se acentuou, tudo gira em torno de ações, investimentos, valores de papéis, que propiciam ao investidor auferir cada vez mais lucros e em menor espaço de tempo, sem passar pelo processo produtivo. Os reflexos desta crise repercutiram no mundo inteiro e seus resultados ainda estão sendo contabilizados. No Brasil, aparentemente, a repercussão não é avassaladora, porém, para se saber sua verdadeira dimensão, é necessário esperar a poeira baixar. De tudo, o mais importante a ser ressaltado é que o capitalismo encontra-se em sua fase imperial, parasitária, na qual a especulação tornou-se o padrão principal de acumulação. Diante disso, e da correlação de forças existentes na sociedade, no caso do Brasil, torna-se imperioso um projeto de Nação. Em nossa opinião, o projeto que interessa aos trabalhadores é aquele que tem como pressuposto básico o desenvolvimento produtivo em que a valorização do trabalho seja o centro dinâmico, que contemple a inclusão social e distribuição de renda, modelo este que deve ser aplicado sob a ótica da soberania nacional e do povo brasileiro, sobretudo da classe dos trabalhadores, visto que são eles que produzem a riqueza do País. Para entender o que aconteceu O setor imobiliário dos Estados Unidos cresceu bastante nos últimos anos, levando os órgãos financeiros a emprestarem dinheiro no chamado crédito de segunda linha (subprime), que são créditos com juros maiores por embutirem maior risco, por disponibilizarem dinheiro antes mesmo de o primeiro empréstimo ser pago. Este tipo de crédito cresceu muito, e, outros gestores passaram a comprar títulos dessas dívidas, gerando uma cadeia de venda desses títulos de empréstimos. Mas, se o primeiro que tomou o empréstimo não pagar sua dívida inicial, começa o ciclo de inadimplência, e todo o mercado começa a pegar empréstimo sem ainda ter pago o primeiro, retraindo todo o crédito. Foi o que aconteceu no mercado imobiliário dos EUA, que gerou reflexos no mundo, com bancos suspendendo recursos e bancos centrais injetando dinheiro para “acalmar” a crise. Os créditos gerados nos EUA são alvos de investidores de vários países, portanto qualquer problema financeiro influencia os mercados do mundo.