No site da Secretaria do Meio Ambiente encontramos em destaque a notícia da criação pelo Governo do Estado da MIP (Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada): um mecanismo que tem a intenção de atrair recursos nacionais e internacionais para investimentos em projetos, que despertem o interesse de empresas, em áreas de responsabilidade do Estado, transformando-as em fonte de lucro, sendo estes recursos aplicados via PPPs (Parcerias Público-Privadas). Embora as PPPs estejam legalizadas e utilizadas em todas as esferas de governo são um verdadeiro ataque ao patrimônio e ao bolso do povo. E Meio Ambiente preservado significa mais saúde e qualidade de vida para a população e não pode ser tratada como uma oportunidade de negócio seja lá para quem for. É recente o escândalo da linha 4 do Metrô onde o investidor privado entrou com apenas 30% do valor empregado, mas fica, porém com todo o faturamento e isso por 30 anos. O Governo diz que PPP é boa. Boa para quem? Além do mais se sabe que boa parte do tal “investimento privado” tem origem em financiamento público de longo prazo através do BNDES. Que parceria é essa, na qual o cidadão paga para implantar e depois para usar? E a desculpa para esta abertura ao capital privado também na área ambiental é a mesma de sempre: que o Estado é moroso e de orçamento limitado e que a iniciativa privada tem a agilidade necessária para a viabilização de empreendimentos estatais. Mentira! É possível sim o Estado gerir nossas Unidades de Conservação e garantir ao cidadão uma vida mais saudável. O que a iniciativa privada sabe agilizar e viabilizar na verdade é tão somente potencializar seu lucro. Contra as PPPs no Meio Ambiente!