Neste ano elegeremos presidente da República, governador, senador e deputados federais e estaduais. Temos, novamente, a sensação que a esperança poderá vencer nosso medo de escolhermos errado nossos representantes. Mas temos que pensar além… Independente de quem forem eleitos, a classe trabalhadora necessitará de mobilização para fazer as transformações que tanto almeja. O receituário do Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê para o próximo período uma série de reformas que tiram mais direitos dos trabalhadores. Os candidatos que lideram as pesquisas de opinião pública seguirão a receita do “bolo”, a discussão será quem colocará mais fermento, mais farinha ou mais “pimenta”. A reforma da previdência prevista aumentará a idade mínima para podermos ter direito a aposentadoria, discutirá também o teto de nosso benefício. Também se cogita igualar a idade mínima para homens e mulheres. Já perdemos muito na reforma anterior, de FHC, quando se criou o famigerado pedágio e mudou-se o tempo de trabalho por tempo de contribuição (ficando o trabalhador com o ônus quando o patrão sonega a contribuição, descontada de nosso salário, ao INSS). Não podemos admitir sofrer mais com essa mudança. Isso exigirá mobilização e luta. A reforma trabalhista prevê a retirada, redução ou parcelamento de direitos históricos dos trabalhadores como férias, 13º salário, licença maternidade, fundo de garantia, entre outros itens fundamentais para nós. Direitos esses conquistados através de greves, demissões, enfrentamentos e mortes de companheiros do passado. Temos que lutar heroicamente contra essa imposição. Já a reforma sindical prevê super poderes para as centrais sindicais negociarem redução de direitos sem, ao menos, consultar o sindicato de base e os trabalhadores atingidos. Isso é inadmissível. Prevê, também, a diminuição do poder do Estado. Seja através de privatização, terceirização, venda de ações, Parceria Público-Privada (PPP) ou qualquer outra forma parecida. É a continuidade da exploração do patrimônio público por capitalistas que só querem aumentar seus já exorbitantes lucros em detrimento da saúde, moradia, educação e projetos de infra-estrutura. E tudo isso ainda financiado pelo BNDES, FGTS, ou seja, com o nosso dinheiro. Por isso, estaremos do lado de quem quiser se contrapor e esse projeto nefasto colocado para essas eleições. Nos somaremos com os setores do movimento social e sindical que não se renderam e nem se renderão a qualquer governo, quer quem seja. Compreendemos que a candidatura da companheira HELOÍSA HELENA é o pólo aglutinador dessa resistência. É a resposta de quem resistiu a reforma da previdência do atual governo, de quem repudia a PPP, o mensalão e as sanguessugas, de quem não concorda com o pagamento da dívida externa em troca de mais miséria de nossa classe. Estaremos a postos, combatendo a política neoliberal venha de onde vier. Portanto não queremos a omissão do presente e nem a volta do passado. HELOÍSA HELENA presidente – número 50. Assinam: Ademir A. Oliveira, Alcir Alves Junior, Dorival Klebis, Gabriel Satti, João Batista de Oliveira (P.Prudente), José Cavalcanti da Silva (Billy), Norival Vieira, Paulo Ribeiro Gady, Robson André de Cruz, Severino Ferreira da Silva (São Miguel), Sonia Mara Alves dos Santos, Valdeci Teixeira Sobrinho, Wagner Luiz de Araujo.