Reeleger Lula para avançar nas mudanças e impedir a volta da direita ao poder O Brasil passa por momento decisivo na definição dos direitos, na construção de uma nação independente e democrática com a aproximação das eleições gerais em outubro próximo. Trata-se de decidir entre avançar na transição para um projeto de desenvolvimento com afirmação da soberania, da democracia e de conquistas sociais iniciado em 2002 com a vitória de Lula, ou retroceder para a estagnação econômica, ao desemprego, às privatizações, à submissão aos ditames dos EUA, a um regime de restrição democrática. Sem dúvida, pelo seu peso específico, a decisão brasileira ultrapassará os limites nacionais e terá forte influência no cenário internacional, sobretudo nos rumos da América do Sul. O grande desafio é de que a construção de um projeto nacional de desenvolvimento com soberania, democracia e valorização do trabalho deve ser levado a um patamar superior. Para isso devemos nos empenhar para um novo mandato de Lula, na certeza de que a ampla corrente por ele liderada é que reúne as melhores condições para levar o país a tal objetivo. Quando Lula assumiu o governo encontrou o país em situação extremamente grave, as contas externas não fechavam, a dívida pública e a carga tributária com significativo crescimento, a inflação, com tendência à alta, ultrapassava os 10% ao ano e a relação política com outras nações se orientava no sentido de somar-se aos desígnios do EUA. Essa foi a herança deixada pelo governo anterior, o que exigiu muito esforço para contornar o perigo de um colapso. O atual governo tem se caracterizado pela afirmação crescente da soberania nacional através da aplicação de uma política externa independente, que busca o multilateralismo nas relações internacionais, além de buscar construir um bloco hegemônico de países sul-americanos e colocar de lado a proposta da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). O Governo Lula tem como principal marca a democracia, privilegiando o diálogo e a consulta permanente aos movimentos sociais, aos trabalhadores e demais segmentos da sociedade. Enfrentou a questão social com importantes políticas públicas e programas emergenciais que vêm servindo a milhões de pessoas pobres, promovendo uma nítida distribuição de renda. Criou o ProUni e a Secretaria Nacional de Juventude inserindo o jovem no debate político, a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, que tem elaborado projetos importantes para promover a eqüidade salarial e a igualdade de oportunidades, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. No terreno da economia o país abandonou a tutela do FMI e criou condições do governo traçar sua política de desenvolvimento independente. Interrompeu o danoso processo de privatização e um novo papel foi destinado às empresas estatais, reconstruindo-as no seu conjunto e direcionando-as para o desenvolvimento. Lula preparou o Brasil para o crescimento e é quem reúne as melhores condições para realizar as mudanças necessárias que devem estar orientadas a partir dos seguintes eixos: a soberania nacional, desenvolvimento baseado na produção com valorização do trabalho, distribuição de renda, reforma agrária, ampliação da democracia, ampliação dos direitos e inclusão social. Assinam: Ailton Alfaia da Fonseca Analí Espíndola M. de Campos Antonio da Silva Carlos Alberto Cossoti Claudia Maria Zarattin Bairão Divino de Oliveira Donato Rodrigues Lima Dorgival Ferreira Bispo Dorvalino Barbosa Edgar Shigueyuki Ohashi Edson de Souza Pinto Francisco Roberto Fortes Helena Maria da Silva Helifax Pinto de Souza Hirtes Fernandes Filho Jesus Dias Miranda João Pedro Apolinário João Prado de Andrade João Vianney de Carvalho José Antonio Faggian José Célio Sardi José Roberto M.de Oliveira José Salvador José Walter Soares de Oliveira Luiz Carlos Pignagrandi Luiz Tarcisio A de Souza Paulo Henrique Cassiano Pedro da Costa e Silva Raquel da Cruz Trujillo Rene Vicente dos Santos Robson Ramos Branco Romeu Ferreira da Silva Junior Ronaldo Silva Sebastião Ramos da Cruz Roberto Alves Silveira.