Mesmo com toda a luta e mobilização dos companheiros metroviários foi assinada no último dia 29 pelo Governo Estadual a Parceria Público-Privada-PPP no Metrô, a primeira no Estado. A parceria será com um consórcio que explorará o operacional da Linha 4 por 30 anos, será responsável pela contratação de funcionários, manutenção e ficará com o espaço comercial de todas as estações. O contrato foi firmado após uma intensa luta dos metroviários na Justiça, que no dia 28 liberou a assinatura para a parceria, derrubando a última liminar que suspendia o processo de licitação. Com isso, população e trabalhadores saem perdendo, pois o prejuízo aos cofres públicos são evidentes: o governo financiará US$ 920 milhões da nova linha, enquando que o parceiro privado investirá US$ 340 milhões e receberá o lucro por 30 anos. É uma privatização disfarçada, é uma empresa dentro do Metrô. O parceiro contratará funcionários, e não se sabe se estes terão a mesma jornada e salários da categoria. O sindicato dos Metroviários, que, além da exemplar greve promoveu diversos protestos e panfletagens, muitas em conjunto com o Sintaema, vai recorrer da decisão em Brasília. Em assembléia realizada no dia 30 de novembro, os companheiros deliberaram por manter a categoria mobilizada e articular com os movimentos sociais. O Sintaema, que também luta contra a PPP no Alto Tietê, é solidário com os metroviários e, diante do quadro, já prevê o que vem aí em relação à Sabesp. Por isso é importante que a categoria se mantenha atenta e mobilizada.