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Desenvolvimento com distribuição de renda

Ao eleger Dilma presidente, o povo brasileiro optou de maneira clara e inequívoca pela continuidade do projeto de mudanças iniciado por Lula em 2003. Na época, um conjunto com várias medidas foram instituídas dentre elas destacam o retorno do Estado como indutor do desenvolvimento através do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC contrariando a lógica de mercado, somado a política de valorização do salário mínimo, juntamente com ações de cunho social como Bolsa Família e o estabelecimento de linhas de créditos e incentivos. Estes itens elencados transformaram – se em componentes fundamentais, foram responsáveis e decisivos para a retomada do crescimento econômico e ao mesmo tempo minimizaram e muito os efeitos da crise financeira internacional sobre o Brasil. Crise esta, que a tempo vem abalando vários países, sobretudo, os EUA e o continente europeu. O desafio a ser enfrentado por Dilma consiste em, não apenas dar continuidade, mas aprofundar as mudanças em curso buscando erradicar a miséria e ao mesmo tempo criar as condições para a elevação do padrão de vida do povo. A princípio, estas questões mencionadas parecem ser simples de resolver, mas não são. Sua concretude exige tomada de decisão cujo alcance, inevitavelmente, abalará as estruturas do sistema social em vigor, resultando em conflito de interesses. O atual estado da Arte é a seguinte: de um lado estão os grandes conglomerados econômicos, financeiros e midiáticos que utilizam de todos os meios que dispõe no sentido de vender a idéia da necessidade de ajustar o Brasil de acordo com os preceitos do mercado, o que na prática significa não abrir mão de nada e ainda por cima, em havendo reformas, que estas sirvam para retirar mais alguns quinhões que pertencem a outrem. De outro lado, encontra- se o povo oprimido e os trabalhadores que pleiteiam justamente o contrário. Ou seja, os ingredientes para a luta estão completos e, é deste embate que se saberá quem foi vitorioso. Isso mostra que no Congresso Nacional a disputa também se mostra acirrada muito embora Dilma conte, a priori, com a maioria, há divergências profundas sobre temas fundamentais que estão na ordem do dia como as reformas tributária, agrária, educação, política, comunicação, entre outras. Esse ambiente comprova que o rumo do governo Dilma está em disputa e de nossa parte não cabe vascilação. Por isso mesmo, os trabalhadores não têm razão se optarem pelo comodismo, achando que a eleição de alguém identificado com sua causa já basta e tudo será resolvido em seu favor. Muito pelo contrário, o cenário que se desenha é o de luta de classes que se desenvolverá sob questões totalmente antagônicas, e nós só alcançaremos o Brasil que queremos se formos capazes de impor derrota ao inimigo. Por isso, o Sintaema conclama as trabalhadoras e trabalhadores para que se mobilizem e se fundam como um só corpo com outros movimentos nesta luta, pois somente assim poderemos sair vitoriosos nesta dura batalha que se avizinha.