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Descaso do Governo do Estado

 

O ano de 2013 está se encerrando e os órgãos do Governo Paulista mostram sua ineficiência em relação à administração que faz, em especial à Fundação Florestal neste momento.

Foram diversos pedidos sobre a questão dos guarda- parques, salário, reconhecimento, e EPI´s. No entanto, somente agora começaram a chegar alguns uniformes e alguns coletes à prova de bala, isto por solicitação insistente do Sintaema.

Embora muitos não acreditem, o Sintaema também formalizou denúncias ao Ministério do Trabalho, que por sua vez autuou a Fundação Florestal.

As viaturas em péssimo estado também foram alvo de denúncias, pois operavam em situação de risco iminente de acidente. Agora começaram a realizar a troca por veículos novos.

Mas a questão mais gritante foi, sem dúvida, o reajuste que não se consolidou, mesmo com todas as explicações, cobranças, atos, protestos, e denúncias ao MP. Sobre este assunto, o mais incrível é que o governo não cumpre a determinação de seu Chefe Executivo, o governador , que promulgou no Diário oficial o DECRETO Nº 59.845, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2013. É muito descaso! 
 
Segurança pública:
No último dia 15 houve mais um atentado a tiros na base do Perequê, envolvendo um cidadão da comunidade que não se quis se submeter às fiscalizações. O Sintaema esteve no local conversando com os trabalhadores, e felizmente não houve feridos, mas este episódio é preocupante demais. 

Será que a direção da Fundação vai esperar que haja uma tragédia para tomar alguma providência? Para complicar ainda mais a situação no Perequê, uma parte da Polícia Ambiental que todos os anos fazia um reforço no local por conta da temporada do verão não está lá este ano, e nossos companheiros estão abandonados por parte da Fundação.

Lamentamos também o fato de uma TV Local não ter dado a notícia do ocorrido, pareceu não se interessar em denunciar o descaso do ESTADO. O sindicato já está tomando várias providências com outros órgãos de imprensa, ONGS, e Ministério Público.

Em 2014 o caldo vai esquentar! 
Não há muito o que se comemorar, mas a batalha não pode parar, JUNTOS na LUTA!

Trabalhadores da Fundação desabafam descaso através de carta entregue na Alesp 

Os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Florestal entregaram aos deputados da Alesp que participaram do ato contra a privatização dos parques estaduais (PL249/13) com suas justas reivindicações.
Esses trabalhadores são prejudicados por burocracias que atravancam seus reajustes e qualquer forma de ascensão profissional ou ampliação de benefícios, estão engessados por causa de problemas administrativos e uma tremenda falta de vontade político dos gestores e do governo do Estado, que age com um descaso sem precedentes.
Na carta entregue os trabalhadores pedem o reconhecimento do piso salarial de algumas profissões que, embora tendo seus pisos garantidos por leis e resoluções federais, não são aplicadas na Fundação Florestal.
Aprovado em 1997, o Plano de Cargos e Salários ainda é uma grande frustração para os trabalhadores da Fundação, pois mesmo passados 16 anos o plano não foi implantado. Isto é uma vergonha, visto que esta modalidade é praticada em outras empresas públicas, e uma bandeira da classe. Há trabalhadores com mais de 25 anos de serviços prestados ao Meio Ambiente, muitos com notório reconhecimento público através de livros e trabalhos técnicos respeitados no meio. É muita desvalorização por parte do governo!
Outro caso absurdo e que mostra a ineficiência da gestão da Fundação Florestal refere-se à ausência de isonomia salarial, com disparidades revoltantes devido ao sistema adotado: alguns funcionários, após mudança de função, permaneceram ganhando os mesmos valores anteriores, apesar de não desempenharem as mesmas responsabilidades. Além de trabalhadores que, embora desenvolvam as mesmas funções que outros companheiros de empresa nos mesmos projetos, recebem valor muito menor. E neste contexto ocorre que trabalhadores que não possuem nível superior recebem honorários acima de outros com nível superior e responsabilidades distintas, alguns com mais de 20 anos de serviço!
É muita injustiça com aqueles que estão há anos se dedicando ao meio ambiente sem ter o devido reconhecimento profissional e salarial, inclusive há funcionários novos que já recebem quase que o dobro do salário de trabalhadores antigos que parecem ter sido largados no limbo do esquecimento.
Isto tudo sem contar a quantidade exorbitante de cargos de confiança existentes, muitos cargos exercidos sem a devida qualificação técnica ou acadêmica, e salários altos, enquanto que trabalhadores competentes e profissionais precisam “implorar” pelo reajuste e reconhecimento profissional. Não há transparência na administração da Fundação.
A terceirização cresce a cada dia, com uma prestação de serviços muito aquém das que os trabalhadores da Fundação fazem, e, no entanto as empresas terceirizadas têm contratos vultosos, ganhando bem mais dos que os funcionários. Aliás, muitas vezes são os trabalhadores da Fundação que repassam informações e orientações técnicas para a empresa contratada!

E o desmonte corre solto, com falta de equipamentos, salas com número excessivo de funcionários, ruídos, ventilação e iluminação inadequados.
Resumindo: esta situação está se tornando insustentável! Os trabalhadores estão no seu limite de paciência com a inércia e pouco caso do governo e da direção da Fundação. È muita ineficiência na administração de uma Fundação de tamanha importância, que cuida da preservação dos parques do Estado.
Hoje os trabalhadores estão desmotivados, e se ainda exercem com dedicação as suas funções é por profissionalismo, seriedade, responsabilidade e, acima de tudo, amor pelo que fazem: preservar o meio ambiente.
Que este governo e a direção da Fundação “acordem” com este clamor dos trabalhadores, caso contrário, correm o risco de perder excelentes profissionais e desmontar de vez a Fundação Florestal.