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As razões pela suspensão da privatização no Metrô

Graças à mobilização dos companheiros metroviários em sua luta contra a privatização da Linha 4 do Metrô, a licitação que ocorreria no dia 4 de julho foi barrada pela Justiça, que concedeu aditamento à liminar concedida em março aos metroviários. Os trabalhadores entrariam em greve no mesmo dia 4, mostrando que a categoria está disposta a lutar até o fim contra mais esta tentativa de desmonte do Metrô. É importante ressaltar que existem três liminares, uma pelo Tribunal de Contas e duas pelo Tribunal de Justiça, e todas revelam irregularidades no processo de parceria público-privada-PPP, como segue: 1- o Estado alega não dispor de recursos, mas investe 1 US$ bilhão de dólares (73% do investimento) na obra, enquanto o parceiro privado entra com US$ 360 milhões (27%); 2- o parceiro privado recebe, durante 30 anos, toda a receita das passagens da linha 4, mais metade da passagem do restante da linha do Metrô (76km), ou seja, o parceiro privado receberá dezenas de bilhões de reais ao longo do tempo; 3 – o parceiro privado ainda recebe toda publicidade das locações comerciais das inúmeras estações, e o parceiro público, representante da população, nada recebe. Por estas razões, muito bem fundamentadas pelo advogado que representa os companheiros metroviários, que estão lutando veemente contra esta tentativa de privatização, que a PPP no Metrô está suspensa. Parabéns à categoria metroviária!