Embora aquém do desejado, os trabalhadores conseguiram um aumento médio de 10% sobre os valores recebidos no dia 30 de abril referente à PLR de 2009. Com a pressão da greve os trabalhadores conseguiram arrancar da Sabesp a proposta de aumento do percentual médio pago da participação de 65,1% da folha de pagamento para 71,54%. Mostrando que não estavam para brincadeira, os trabalhadores da Sabesp, em sua luta pelo pagamento integral da PLR de 2009 entraram em greve no dia 30 de abril e somente a encerraram no final do dia 4 após aprovar em assembleia a proposta da empresa. Os dias parados também não serão descontados e nem compensados. Histórico da luta Desde novembro, quando a empresa apresentou as metas até o mês de setembro, o Sintaema vinha cobrando um esclarecimento e apresentação das metas, mas o descaso foi tamanho que sequer a Sabesp respondeu aos ofícios enviados pelo sindicato. No dia 30 de abril, a empresa apresentou a seguinte fórmula: Fixo – R$ 1.017,12 + 70% do (Salário Base + Gratificação/Comissão +ATS) X o meta/peso da Unidade, e efetuou o pagamento da PLR com uma média de 65,1% de uma folha de pagamento. Isto foi o estopim para ratificar o movimento grevista já previsto Ou seja, além de não conversar com as entidades sobre as metas, simplesmente despejou a quantia nas contas e a única satisfação que deu foi informar que nem todas as metas foram atingidas! São os trabalhadores que dão lucro à Sabesp Não dá para aceitar que a empresa empurre goela abaixo o que ela bem entende, não é justo com os trabalhadores que suam a camisa, que se desdobram para levar qualidade de vida à população. Companheiros que se desgastam com reclamações as quais eles não têm culpa, visto que muitas vezes não há mão de obra suficiente ou mesmo condições para executar determinado trabalho, enfim, são eles que levam a empresa nas costas, e na hora de dividir os resultados eles ficam com a menor parte porque a empresa prioriza os acionistas com lucros vultosos e bônus milionários (R$42mil) para o conselho administrativo e diretoria executiva? E mais: mesmo sendo um valor aquém do merecido pelos companheiros em relação ao trabalho desenvolvido, todo ano o pagamento da PLR depende do aval do Codec, da CPS e outros órgãos do governo Serra que ditam as regras. É muita ingerência no dinheiro do sabespiano! Os trabalhadores não merecem isso, e sim o reconhecimento de seu profissionalismo!
