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A nova Cetesb

Desde o último dia 8 a Cetesb mudou sua denominação, agora é Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, além de ter suas atribuições alteradas, pois passou a incorporar as atividades de licenciamento do DEPRN, do DAIA e do DUSM. Essas modificações, conforme já comentamos em outras edições, são antigas reivindicações do corpo técnico da empresa, e dessa maneira são bem-vindas. O grande problema que apontamos, desde o início desse processo, é a falta de transparência e estrutura para colocar em prática um projeto como esse. Para tanto, pelo menos por enquanto, duas diretorias tiveram que passar por uma grande reestruturação: a diretoria de Controle C, que passou a se chamar L (Licenciamento) e a diretoria E (Engenharia) que mudou para T(Tecnologia). Essas modificações demoraram a acontecer e o que se viu foi um ambiente de incertezas, dúvidas e insegurança, uma vez que praticamente ninguém participou das discussões, embora a direção insista em dizer que houve participação dos técnicos da Cetesb. Quando a reestruturação da atual diretoria T foi publicada, por exemplo, vários gerentes somente ficaram sabendo que perderam seus cargos através da publicação na Intranet. Os trabalhadores que tiveram suas áreas extintas ou agrupadas com outra ficaram sabendo da mesma maneira, além disso, quase ninguém tem claro quais serão suas atribuições, quais as prioridades e os objetivos da Nova Cetesb. Com relação à atual diretoria L, apesar de ter acontecido algumas reuniões ao longo dos últimos dois anos com o corpo gerencial, os técnicos da linha de frente continuam sem saber ao certo como será sua atuação a partir da promulgação da lei, além de, nesse caso, existir o discurso por parte da direção da empresa que a partir de agora esses técnicos do antigo DEPRN e Cetesb deverão trabalhar juntos, mas o que se vê na prática é justamente o contrário, os técnicos até saem a campo juntos, mas não podem entrar juntos nas indústrias que fiscalizam por causa do adicional de periculosidade (que hoje somente é pago aos técnicos que já se encontravam na Cetesb) o que é um total absurdo, já que prejudica significativamente o licenciamento e a fiscalização. Outro grave problema são as transferências compulsórias e o baixo número de técnicos por agência, fatos estes que têm gerado um grande transtorno aos trabalhadores. Durante a campanha salarial houve compromisso da criação de um fórum de discussão sobre a Nova Cetesb, porém até o momento a direção da Companhia não colocou isso em prática, sendo que parte dos problemas aqui elencados poderiam ter sido sanados ou esclarecidos evitando o clima de insegurança gerado. O Sintaema espera que, tanto a direção da Cetesb como o governo do Estado ouçam o clamor dos trabalhadores democratizando as discussões e estruturando a Companhia para que essa Nova Cetesb cumpra o papel que está designado na lei.