Home NÃO À PRIVATIZAÇÃO! Trabalhadores confirmam greve nesta terça-feira contra privatizações

Trabalhadores confirmam greve nesta terça-feira contra privatizações

A partir da meia-noite desta terça-feira (3) trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM estarão em greve contra a privatização dos serviços essenciais em São Paulo. A decisão simbólica ocorreu nesta segunda-feira (2), na quadra do sindicato dos bancários, que recebeu o ato de organização para a greve.

O Sintaema inicia os piquetes na madrugada desta terça e realiza às 15h horas ato político na Sabesp da Ponte Pequena, à Avenida Santos Dumont, 555.

Nesta terça, a direção do Sintaema foi convocada para reunião no TRT onde reafirmou ao juiz que presidiu a sessão que a greve é direito constitucional e que este movimento defende os direitos do povo de São Paulo à água e ao saneamento públicos.

No ato no sindicato dos bancários, José Faggian, presidente do Sintaema, elogiou a unidade do movimento contra a privatização saudando diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e parlamentares “que entenderam a gravidade do momento histórico”.

Ele denunciou as manobras do govenador Tarcísio de Freitas para acelerar a privatização da Sabesp. “Aprovaram um decreto que garante ao governador e ao prefeito de São Paulo decidirem as políticas de saneamento de todos os municípios operados pela Sabesp”.

“Amanhã vamos parar São Paulo, ganhar a consciência da população para a nossa luta contra as privatizações. Os mais prejudicados são os filhos da classe trabalhadora. Vamos fazer um grande movimento e a nossa luta não vai parar amanhã”, completou Faggian.

Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários, chamou a greve de “momento histórico” que marca a unidade dos movimentos contra as privatizações da Sabesp, do Metrô e da CPTM. “Não vai parar aqui temos muita luta pela frente”, afirmou.

Segundo a dirigente, enquanto Tarcísio engana a população o processo de privatização dos serviços essenciais é conduzido com celeridade.

“Já está marcado leilão para a linha 9 da CPTM. Um Projeto de Lei para autorizar a venda da Sabesp está sendo encaminhado para a Alesp e foi encomendado um estudo de 62 milhões, sem licitação, para viabilizar a privatização do metrô”, ressaltou Camila.

Segundo ela, a população tem demonstrado que está ao lado dos trabalhadores. “Com o plebiscito popular a população está dizendo que não cai nas mentiras do governo”. De acordo com a dirigente, a greve também vai cumprir esse papel de desmascarar o projeto privatista do governador.

As direções do sindicato dos ferroviários de São Paulo e Sindicato Central do Brasil abordaram a experiência da privatização no transporte do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. “No Rio, os trens que chegaram a transportar um milhão e 100 mil pessoas, hoje transportam 300 mil”.

Ainda de acordo com os dirigentes, no primeiro mês de privatização do metrô em Belo Horizonte foram demitidos centenas de trabalhadores (as). Atualmente, BH também ostenta uma das tarifas de metrô das mais caras do Brasil.

Os trabalhadores reivindicam o cancelamento dos processos de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM e exigem a realização de um plebiscito oficial que consulte a população sobre o projeto privatista do governador.

Confira as fotos da assembleia desta segunda-feira (2)

Fotos: CTB Nacional