Os trabalhadores da Cetesb aprovaram nesta segunda-feira (17) estado de assembleia permanente da categoria. Tudo por causa da intransigência da empresa e do governo estadual, que, mesmo depois de manifestarem a intenção de fechar um acordo em mesa, não ofereceram contraproposta.
A Cetesb alega não ter autorização da Comissão de Política Salarial para reajustar salários e benefícios. Até mesmo a proposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi ignorada. Com isso, a última audiência no TRT, na quinta-feira (13), terminou sem avanço. O próprio desembargador instrutor, Davi Furtado Meirelles, lamentou a postura inflexível da Cetesb e do governo paulista.
“A categoria vai se manter mobilizada, à espera do julgamento no TRT. Temos a convicção de que nossa luta já demonstrou ao Tribunal que nossa pauta é justa e razoável”, afirmou José Faggian, presidente do Sintaema.
O que propõe o TRT
– Reajuste salarial de 4,99% (IPC-Fipe) e sobre os benefícios, retroativo a maio;
– Manutenção das cláusulas sociais do acordo anterior com prorrogação por mais quatro anos;
– Estabilidade no emprego para todos os trabalhadores por 90 dias a partir do julgamento do dissídio.
De olho na PPR
Os trabalhadores da Cetesb também esperam para 2 de julho o recebimento da PPR (Programa de Participação de Resultados). Historicamente, este é o mês em que a empresa paga o benefício.
Nesta segunda-feira (17), a categoria tomou posição: se o pagamento não for feito no prazo normal, haverá uma assembleia específica sobre a PPR em 11 de julho.