Home Mulheres Plenária Sintaema alerta sobre avanço brutal do adoecimento da classe trabalhadora

Plenária Sintaema alerta sobre avanço brutal do adoecimento da classe trabalhadora

Saúde no mundo do trabalho e o papel do movimento sindical no enfrentamento da precarização deram o tom da plenária virtual realizada nesta terça (14), pelo Sintaema, em homenagem ao Mês da Mulher e para marcar os cinco anos da morte brutal de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Para a vice-presidente do Sintaema, Helena Maria da Silva, a atividade só comprovou o papel central do movimento sindical na luta em defesa da saúde da trabalhadora e do trabalhador e a necessidade de se aprofundar no estudo desta situação para traçar mais e melhor as formas de se enfrentar essa realidade.

“Foi uma plenária muito rica, com dados e informações importantes sobre a atual situação da classe trabalhadora e os desafios para se enfrentar uma realidade de precarização que avança conforme a crise no mundo do trabalho se aprofunda”, resumiu a dirigente.

O debate, que foi realizado em parceria com o Diesat e o CES (Centro de Estudos Sindicais), contou com a participação da psicóloga e professora da PUC-Campinas, Heloisa Aparecida de Souza; e da liderança do Movimento Luta de Classes (MLC), Biana Politto de Sá.

Na oportunidade, as palestrantes centraram sua abordagem nos desafios do mundo do trabalho na atualidade e sua relação com a saúde mental da trabalhadora e do trabalhador. E mostraram como o Trabalho, enquanto categoria ontológica, é cercado de contradições que colocam de um lado a inclusão social, inovação e empoderamento e, de outro, a precariedade, a exploração sofrimento, a exclusão, a humilhação e o adoecimento.

Elas também pontuaram como o atual cenário é desafiador e como ele atinge praticamente a totalidade da classe trabalhadora, isso porque a própria sociedade naturaliza essas relações de precarização como parte do mundo trabalho, imputando à trabalhador e ao trabalhador a ideia que de precisa ser forte para aguentar essa realidade, para manter seu meio de subsistência. Para as palestrantes, uma imposição brutal que condena milhares a uma realidade de medo e de sensação de fracasso, sobretudo para as mulheres.

Assista aqui a palestra: