Home NÃO À PRIVATIZAÇÃO! The Guardian critica privatizações e defende nacionalização do saneamento na Grã-Bretanha

The Guardian critica privatizações e defende nacionalização do saneamento na Grã-Bretanha

Com o título “É hora de nacionalizar um sistema privado falido”, o jornal The Guardian – um dos principais jornais ingleses defendeu no último dia 10 de agosto, em editorial, do último 10 de agosto, a renacionalização dos serviços de saneamento que foram privatizados no final do século XX ainda no governo de Margareth Thatcher.

Lucro para os empresários, tarifas altas para a população

Segundo o jornal, “é hora de consertar o modelo falido de prestação privada da Grã-Bretanha, no qual os monopólios naturais são capazes de enganar reguladores fracos”.

O editorial ainda denunciou que a prioridade da iniciativa privada ganhar dinheiro, ao invés de investir no setor. ” Desde que foram privatizadas em 1989, as empresas de água enriqueceram investidores e executivos seniores, mas não conseguiram investir adequadamente em infraestrutura”.

O texto ainda indica que, com a privatização, “os acionistas receberam £ 72 bilhões em dividendos”.  O texto revela que os lucros são frutos de “grandes endividamentos, com as empresas tomando empréstimos de £ 56 bilhões” e com a explosão das tarifas, que subiram 40%”.

Corte do serviço

Como a lógica era o lucro e não o direito ao acesso à água e saneamento de qualidade, as operadoras de serviço começaram a cortar o acesso com a redução do fornecimento e a proibições de uso de mangueiras. “Duas empresas que estão restringindo o uso da água – South East Water e Southern Water – têm alguns dos piores registros ambientais”, denuncia o editorial.

Modelo falido

De forma enfática, o The Guardian afirma que o “modelo de prestação privada da Grã-Bretanha está falido. Os serviços podem ser claramente geridos pelo Estado de uma forma que faça mais sentido”. E completou: “Impedir que as empresas possam burlar o sistema e se esquivar de suas responsabilidades exigirá torná-las propriedade estatal”.

Com informações do The Guardian