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As represas do estado estão em níveis preocupantes — apenas 28,2% de armazenamento, segundo a própria companhia —, mas o foco da direção é outro: celebrar o aumento do Ebitda e anunciar captações bilionárias de crédito. A lógica da rentabilidade substituiu o compromisso com o abastecimento e a universalização do saneamento.
O discurso de “eficiência” e “modernização” que embalou a privatização se revela agora pelo que é: uma estratégia para transferir à iniciativa privada o controle sobre um bem essencial. A água, que deveria ser um direito de todos, tornou-se ativo financeiro nas mãos de poucos.
Enquanto os lucros sobem, as contas também sobem. O próprio diretor financeiro da Sabesp admitiu que “esse primeiro ano vai doer mais”, em referência ao reajuste tarifário previsto para 2026. Ou seja, o bolso do consumidor paulista será a fonte direta do lucro dos novos acionistas.
O Sintaema reafirma: água e saneamento não são mercadorias. É dever do Estado garantir o acesso universal, com tarifas justas, qualidade da água e respeito ao meio ambiente. O que está em curso é a destruição de um modelo público que foi referência mundial — substituído por um sistema que prioriza dividendos, não pessoas.
Por isso, seguimos firmes na luta pela defesa do acesso universal ao saneamento, pela gestão social da água e pelo direito de cada cidadão paulista a viver com dignidade, saúde e segurança hídrica.








