Sem o “subsídio cruzado”, que usava recursos das cidades maiores – como da cidade de São Paulo, Guarulhos etc. – para financiar o saneamento das cidades menores, diversos municípios do interior vão perder investimentos com a privatização da Sabesp.
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Exemplo disso está na região de Itapetininga, que possui 49 municípios e mais 170 distritos na faixa de 2.000 a 20.000 habitantes, praticamente todos deficitários na relação receita e despesas. De modo que para garantir o pleno atendimento da Sabesp antes pública fazia uso do “subsídio cruzado”. Agora com a privatização, essa história muda de rumo.
“O subsídio cruzado é uma prática que não só garantiu o avanço da universalização do acesso ao saneamento publico de qualidade, ele fez da Sabesp a gigante que é quando o assunto era papel social. E sabemos que políticas como essa não são executadas pela iniciativa privada, que atua com foco na prioridade dos lucros. Dito isso, sabemos que haverá danos e piora nos índices de saúde desses pequenos municípios com a privatização da imposta por Tarcísio”, alerta a direção do Sintaema.
Tarifa acessível
A direção do Sintaema destaca ainda que é graças ao subsídio cruzado milhares de lares conseguiram pagar suas tarifas. “Vale lembrar que em todo o Estado, 20% da população paga menos na conta de água. Com a Sabesp privada isso provavelmente irá acabar, tendo em vista que a régua daqui pra frente será o lucro”, afirma.
Água é vida, não é mercadoria!