Presidente do Sintaema afirma em entrevista ao G1 que situação só não está mais grave porque a Sabesp é uma empresa pública.
O nível do reservatório do Sistema Cantareira chegou a 29,9% de sua capacidade, segundo notícia do G1 do último dia 2.
De acordo com previsão do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), apenas no final do ano o Cantareira atingiria o patamar de 30% de sua capacidade.
Vale lembrar que o Cantareira tem o sistema integrado com outros mananciais que permite a transferência de água conforme a necessidade de cada um, mas mesmo assim isso não é garantia de que haverá o suficiente de água para o abastecimento nos próximos meses, segundo a matéria.
No momento a Sabesp diz que não há risco de desabastecimento, mas que é necessário o uso consciente da água.
Preocupado com essa situação, o Sintaema, por meio do presidente José Faggian, colocou sua posição perante o tema na matéria do G1:
“Isso já era esperado pelas previsões meteorológicas que vínhamos acompanhando. Infelizmente o governo continua negando a crise hídrica. As medidas tomadas em 2013 e 2014 deixaram a Capital em uma situação mais confortável, mas até por isso o indício agora é de maior gravidade da crise. É importante que o governo e a Sabesp tomem medidas para frear isso, diminuir o consumo e evitar que a gente tenha a necessidade de um racionamento propriamente dito“.
O presidente Faggian informou que o que garante atualmente que a população ainda tenha água de qualidade mesmo com os mananciais em baixa são as obras que a Sabesp fez desde a última crise, em 2014.
“Isso em grande medida porque a Sabesp ainda é uma empresa pública, de economia mista, mas ainda de caráter público. Temos acompanhado e acho lamentável que em vez do governador Doria estar trabalhando para encontrar soluções para a crise hídrica, está fomentando e criando condições para privatizar a Sabesp. A situação só está contida por enquanto porque a empresa é pública. Uma empresa privada não teria tido interesse ou condições de fazer o volume de investimento necessário para essas obras. Esses valores, quando não são fundos perdidos, levam décadas para se obter retorno. Privatizar não atende à população paulista.“
Como defensor da Sabesp pública e de seus trabalhadores o Sintaema continuará cobrando mais investimentos e obras por parte da empresa, e ratificando que a privatização não solucionará o problema, ao contrário, pode piorar.
Juntos na luta por mais investimentos na Sabesp pública, não à privatização!