A Sabesp parece ter escolhido um inimigo: seu próprio trabalhador e trabalhadora. A empresa acaba de implementar uma “regra de ouro” que mais parece uma armadilha de ouro — todo mundo que levou multa no trânsito agora será advertido formalmente, sem critério, sem escuta, sem contexto. É punição em dobro: pontos na carteira e bronca da empresa.
O problema? Jogam todo mundo no mesmo saco. Quem para em local proibido pra tapar uma cratera, resolver um vazamento de água ou esgoto, ou conter uma explosão que coloca vidas em risco, leva a mesma punição de quem ignora regras deliberadamente.
Vale destacar que em muitos casos, o carro vira proteção porque a cidade tá um caos e a Sabesp está sem equipe — demite a rodo, não contrata, não repõe, mas pune.
Enquanto os trabalhadores e trabalhadoras seguram o rojão, arriscam a vida e enfrentam um trânsito caótico pra manter a cidade e a população com acesso ao saneamento básico, a empresa usa de todo artifício pra empurrar a categoria pro abismo, criando o ambiente perfeito para o corte de cabeças.
Essa regra de ouro não tem nada de justa. Tem cheiro de assédio institucional e estratégia de enxugamento. E o Sintaema está de olho.
