O Brasil está diante de uma reforma que, ao invés de melhorar a vida dos trabalhadores, trará um retrocesso tão maléfico quanto à reforma trabalhista.
Para atender ao mercado financeiro, o governo Bolsonaro usa de emendas constitucionais e poder sobre seus aliados no parlamento para prevalecer a vontade do grande capital e da classe dominante em detrimento dos direitos consagrados da classe trabalhadora.
A proposta já foi aprovada em primeiro turno no Senado ontem (2), e continua valendo o aumento para se aposentar: o homem precisa ter 65 anos e a mulher, 62 anos. Acaba a aposentadoria por tempo de contribuição. Quem está a dois anos para se aposentar cai na regra de transição, e terá que contribuir por mais 50% do tempo que falta. E quem está a apenas três anos terá que se aposentar bem mais tarde porque já entra nas novas regras.
E essa proposta nefasta era ainda pior no início, porém os protestos nas ruas, a luta dos trabalhadores e o empenho dos parlamentares contrários à reforma fizeram com que ela fosse desidratada em pontos importantes, como o sistema de capitalização, e na última votação a retirada da restrição ao abono salarial, como exemplos. Por sinal, esta derrota do governo na questão do abono deve atrasar a votação em segundo turno.
“Vamos permanecer na resistência. Nossa luta é em defesa da democracia, da soberania e dos direitos da classe trabalhadora”, declarou o presidente da CTB nacional, Adilson Araújo.
Juntos na luta contra o desmonte das aposentadorias!