Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas expõe que o aumento da desigualdade coincidiu com queda no atendimento do Bolsa Família, segundo matéria do jornal Folha de São Paulo de hoje (16).
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população brasileira atingiu o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres, em 2018.
Na parte rica, o rendimento médio foi de R$ 27.744; na parte mais pobre, de R$ 820.
Outro indicativo é que houve uma diminuição do total de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018, coincidindo com o início da pesquisa.
A matéria aponta ainda que, segundo especialistas, “a desigualdade de renda no Brasil é alta e persistente por conta de fatores históricos e estruturais, como a herança escravocrata, o patrimonialismo que se apodera de recursos estatais e empregos públicos, políticas sociais voltadas a grupos que menos precisam e uma estrutura tributária regressiva, que cobra proporcionalmente mais impostos de quem ganha menos”.