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Desmonte do saneamento no Rio Grande do Sul: PSDB liquida Corsan

O governador Eduardo Leite (PSDB/RS) finalizou, na noite de sexta (7), a assinatura do contrato de venda e transferência da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para o grupo Aegea. 

“Com apenas uma canetada, o governador tucano liquidou uma empresa pública que há 58 anos realiza os serviços de saneamento no estado para 317 municípios, contemplando 6 milhões de pessoas. E vale lembrar que a empresa que ganhou de presente esse patrimônio do povo do Rio Grande do Sul e a mesma que realiza os serviços na cidade de Manaus, lá 87% da população sofre sem o tratamento de esgoto, a tarifa social em Manaus (R$ 43,80) é mais que o dobro que a praticada pela Sabesp (R$ 20,42), e a tarifa normal é 40% mais cara do que a que pagamos aqui em São Paulo. Esses dados já apontam como será o futuro do povo rio-grandense, com a Aegea prestando o serviço de saneamento”, alertou a direção do Sintaema.

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Vale destacar que além de entregar o patrimônio público, Leite deu a Corsan, uma empresa pública que garantia milhões em lucro para o Estado, pelo equivalente à arrecadação de 1 ano e 3 meses.

De acordo com os dados do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), a Corsan é uma empresa lucrativa e que tinha todas as condições de cumprir plenamente as exigências para a universalização do saneamento no estado do Rio Grande Sul. Hoje, a Corsan possui níveis de atendimento (abastecimento de água e tratamento de esgoto) de 96,58%.

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“É um claro crime contra o povo gaúcho.  Água não é mercadoria e não pode ser posta à venda como um objeto precificado. Nela tem vida e saúde e deve ser mantida pública! É o maior bem do planeta. Privada, será acessível a quem puder pagar. A tarifa social, que hoje possibilita o acesso a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade, acaba com a privatização”, lamenta o Sintaema.

A direção do Sindicato segue na luta, ao lado dos urbanitários e urbanitárias do país, contra a onda de privatização que governos estaduais e municipais insistem em impor à população. De modo a posicionar o Brasil ao lado de países como França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Argentina, EUA, entre muitos outros, que lideram um processo de reestatização da água e da energia pelo mundo.

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