A aprovação pelo Senado do PL 4162/19, no último dia 24, projeto esse que escancara as portas do saneamento à iniciativa privada, causou indignação em diversos setores da sociedade, além de todas as entidades que defendem a água e o saneamento geridos pelo poder público dado a total interface que têm com a saúde e a vida.
Na Câmara federal a repercussão da aprovação do projeto foi criticada com veemência pelos parlamentares da oposição, conforme matéria de hoje da Agência Câmara de Notícias.
“Sabemos que, onde houve privatização do setor de água e saneamento, a situação de acesso a esses direitos piorou. Quero destacar o estado do Amazonas e alguns municípios do Sudeste”, alertou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que também discordou de a discussão ter sido feita em plena pandemia de Covid-19.
A deputada lembrou que na França e no Canadá voltaram atrás no processo de privatização do saneamento básico por considerarem o setor estratégico.
Na mesma linha outros parlamentares criticaram o projeto, como a deputada Erika Kokay (PT-DF): “Nós precisamos, segundo dizem, de R$ 50 bilhões de investimentos por ano para universalizar o saneamento e a água tratada. E o governo direciona mais de R$ 1 trilhão para os bancos, um crédito que não chega às pequenas empresas”, frisou.
E a mesma opinião e crítica compartilham todas as entidades que defendem o saneamento e o acesso universal da água por meio de significativos investimentos públicos.
Vamos continuar juntos nesta luta!
Água é vida, não mercadoria.