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PLANOS DE SAÚDE DA SABESPREV: NA SALA DE EMERGÊNCIA

Os planos de saúde da Sabesprev pedem SOCORRO!

A Sabesprev cuida de dois segmentos, o primeiro, que do ponto de vista legal, justifica a existência da fundação é a previdência suplementar. O segundo, porém não menos importante, são os planos de saúde, que é do que vamos tratar.

A Sabesprev administra hoje seis planos de saúde, cinco deles, os chamados autossustentados, são os planos voltados para os aposentados e agregados, esses planos não recebem nenhum tipo de subsídio da empresa, por esses motivos e vários outros de caráter técnico, como o pequeno número de participantes, idade média avançada, entre outros, sempre foram deficitários.

O sexto plano de saúde gerido pela fundação é o “Plano Pleno”, que é voltado para os trabalhadores da ativa e seus dependentes diretos. O “Plano Pleno” por muito tempo foi superavitário, período em que se conseguiu constituir uma excelente reserva que, inclusive, sustentou os déficits quando eles começaram a ocorrer há alguns anos.

O déficit mensal dos seis planos de saúde geridos pela fundação gira em torno de R$ 6 milhões. Embora os planos tenham contas separadas, a “gaveta do dinheiro” que paga as contas é única, ou seja, o dinheiro entra através do faturamento de todos os planos em um único caixa que é o que paga todas as contas, assim, quando a Sabesprev paga o déficit dos planos autossustentados acaba usando dinheiro do plano pleno, inclusive da parte depositada pela empresa.

Os planos autossustentados, por suas características, sempre receberam reajustes bastante altos, porém insuficientes para cobrir os déficits. Para agravar a situação, no ano de 2017, a Sabesp fechou um acordo com AAPS no qual os reajustes dos planos foram congelados, com exceção do Plano Pleno.

Esta ação, realizada entre empresa e a AAPS sem a participação dos trabalhadores da ativa, significou uma diminuição na receita dos planos de saúde da ordem de R$ 18 milhões no ano passado, e esse número deve se repetir este ano.

Parte do acordo entre a patrocinadora (Sabesp) e a AAPS é que a empresa bancaria os déficits até que o novo plano entrasse em funcionamento, para isso R$ 47 milhões foram aportados aos planos, porém a título de empréstimo.

O problema de financiamento dos planos de saúde da Sabesprev já não é novidade para ninguém. No intuito de dar solução chegou-se a conclusão de que a elaboração de um novo plano era necessário e para isso a Sabesp contratou a FIPE já há bastante tempo, e mesmo com a incisiva cobrança dos conselheiros eleitos, até o presente momento nada foi apresentado.

Resumo da ópera: pela evolução do déficit em relação ao patrimônio da fundação no mês de junho deste ano a Sabesprev Saúde torna-se insolvente, o que significa que o plano estará falido sendo possível inclusive a intervenção externa e o fechamento do plano. Porém, isso somente ocorrerá no mês de junho se não tivermos que devolver os R$ 47 milhões, porque se formos pagar o “empréstimo” a insolvência chegará já no mês de maio.

Na nossa opinião a Sabesp esta querendo fazer “cortesia com o chapéu alheio”, diz que vai bancar o plano, resolve seus problemas com a AAPS , agrava a situação e agora quer que os trabalhadores da ativa paguem a conta.

Exigimos que a Sabesp cumpra o que prometeu que é pagar o déficit e manter os planos de saúde ativos até que o novo plano entre em funcionamento, para isso ela precisa, além de não exigir o pagamento dos R$ 47 milhões já aportados, realizar o aporte financeiro e definitivo dos déficits mensais dos planos médicos atuais.

Trabalhadores, a situação é bastante delicada, corremos o risco de perder definitivamente o nosso plano de saúde.

Precisamos manter a atenção e a mobilização da categoria nesse momento. Precisamos fortalecer a luta do Sintaema e das demais entidades para que possamos manter esse importantíssimo beneficio dos trabalhadores Sabespianos!

Juntos na Luta!