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Novo Ministro de Minas e Energia deve ter compromisso com o setor elétrico e a reestatização da Eletrobras

O ano de 2022 foi marcado pela vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a derrota do fascismo. Foi fato histórico que nos trouxe esperança de um novo tempo com a instalação de um governo popular.

Neste cenário de esperança e de mudança de rumos no Brasil, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) tem se dedicado diuturnamente ao que foi definido como prioridade máxima em todos os planejamentos deste Coletivo: a luta incansável e incessante pela reestatização da Eletrobras.

Mesmo após a privatização da Eletrobras, em junho deste ano, o CNE não parou. Transformou o luto pela privatização em luta pela reestatização. Foram feitas articulações políticas, documentos foram elaborados com propostas pela reestatização, bem como aprofundadas as possibilidades viáveis daquilo que foi chamado de “caminho de volta” da Eletrobras para o Estado brasileiro.

As propostas do CNE para a reconstrução do setor elétrico brasileiro e reestatização da Eletrobras foram apresentadas ao Programa de Governo da chapa Lula e Alckmin, os sindicatos eletricitários trabalharam incansavelmente pela eleição do presidente Lula, o CNE articulou, junto ao novo governo, a sua participação na equipe de transição e foram feitas diversas agendas com parlamentares, líderes partidários e com o próprio GT de Minas e Energia.

O CNE teve reuniões com o Coordenador Técnico da Equipe de Transição de Governo Aloizio Mercadante, com o SubGT de Energia Elétrica, coordenado por Nelson Hubner e com a presidenta do PT, Dep. Federal Gleisi Hoffmann, sempre apresentando documentos sobre as consequências da privatização da Eletrobras para o Brasil e propostas para a reversão do processo.

Depois desse trabalho vitorioso, o CNE concentra toda a sua atenção para a nomeação do novo Ministro de Minas e Energia. Passado o período de transição começam a ser anunciados os nomes dos ministros do governo Lula. Diante de tantos nomes especulados, a maior preocupação do CNE é que o nome escolhido para o MME tenha compromisso com a expansão e fortalecimento do setor elétrico brasileiro de forma sustentável, com a presença relevante do Estado no setor elétrico, através da reestatização da Eletrobras, para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento, bem como, também tenha compromisso com a transição energética e com o preço justo da tarifa de energia elétrica.

Nós que enfrentamos a agenda do golpe de 2016, vimos o alto preço pago pelo povo brasileiro e pela desestruturação do setor elétrico, devido principalmente ao descaso e inércia do Ministério de Minas e Energia, em relação ao enfrentamento dos problemas do setor elétrico. O desmonte da Petrobras com a venda de refinarias, da TAG, da BR, da Liquigas e as tragédias criminosas em Brumadinho e Mariana são outros exemplos de entrega do patrimônio público e má gestão e fiscalização ineficiente por parte do Estado brasileiro, durante o governo Bolsonaro.

No âmbito do Sistema Eletrobras, temos vivido um verdadeiro inferno. Corte de direitos, demissões em massa, precarização das condições de trabalho e uma batalha incessante contra a privatização e agora pela reestatização da Eletrobras. É importante ressaltar que a demissão em massa de trabalhadores altamente qualificados pode levar ao colapso do sistema elétrico brasileiro.

Queremos virar esta página definitivamente! Para reverter essa herança maldita, devido a privatização da Eletrobras, que deixou um custo de R$ 500 bilhões para o povo brasileiro pagar, é preciso que o ministro do Ministério de Minas e Energia seja comprometido com o fortalecimento do estado no setor elétrico, para que o governo Lula possa implementar as políticas sociais tão esperadas pelo povo brasileiro.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários rejeita e repudia qualquer especulação de nome privatista para o Ministério de Minas e Energia. Alguns nomes circulados na mídia são hienas, velhos lobistas do setor elétrico, que atuaram como operadores da privatização da Eletrobras e responsáveis pela negociação de jabutis. Suas digitais estão gravadas no desmonte golpista da Petrobras e da Eletrobras, bem como no caos estabelecido no Brasil, nos últimos seis anos. Estes não terão o nosso apoio. Ao contrário, serão repudiados veementemente!

A partir de 2023, a principal preocupação do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) é com a reconstrução do Setor Elétrico Brasileiro e a reestatização da Eletrobras, para que o Brasil volte a ter um desenvolvimento autossustentável, passe, sem sobressaltos, pela tão esperada transição energética e tenha energia elétrica com qualidade e uma tarifa justa!

Fonte: FNU