Home Notícias Inflação | Salada mais salgada! Preço do tomate, cenoura e alface dispara

Inflação | Salada mais salgada! Preço do tomate, cenoura e alface dispara

Dados publicados pelo IBGE nesta quarta (11) mostram que a inflação não para de subir e, com isso, fica cada vez mais difícil de garantir o alimento de cada dia.

De acordo com os dados, a cenoura subiu 178%, o tomate, 103% e o alface disparou, com alta de 45% nos 12 meses até abril. Ou seja, companheiro, aquela velha saladinha está cada vez mais salgada.

E a carestia não para por aí. A batata inglesa subiu mais de 60%; o melão, 82%; e o brócolis, 35,7%.

Maior inflação em 26 anos

Segundo a pesquisa, a inflação em abril chegou a 1,06%, atingindo 12,13% em 12 meses. A maior variação para um mês de abril desde 1996, ou seja, em 26 anos. Com esse resultado, já são 8 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos.

Trabalhadores sem aumento real!

E, enquanto a inflação cresce, o poder de compra dos salários dos trabalhadores e trabalhadoras só diminui. Dados do boletim mensal “De Olho nas Negociações”, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que 52% dos 231 acordos e convenções coletivas fechados em março deste ano tiveram reajustes abaixo da inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que chegou a 10,8% no acumulado de 12 meses. Levando em conta o primeiro trimestre do ano, 39,9% dos reajustes salariais concedidos no ano foram abaixo da inflação.

O boletim, que analisa os acordos e convenções trabalhistas registrados no Ministério do Trabalho e Previdência, indica que 51,9% dos acordos fechados em março foram abaixo do INPC, 34,2% foram iguais ao índice de 13,9% acima, ou seja, tiveram ganho real.

Já nos 1.771 acordos firmados no primeiro trimestre, 39,9% tiveram reajustes abaixo do INPC, 30,9% iguais e 29,2% acima. Pelos cálculos do Dieese, a massa salarial dos trabalhadores que receberam reajuste no período variou negativamente em 0,49% ante a inflação.

Com informações do G1, IBGE e DIEESE