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Greve contra privatização da Sabesp, Metrô e CPTM mostra força da unidade dos trabalhadores (as)

Os trabalhadores (as) do saneamento atenderam à convocação do Sintaema em todo o estado e realizaram uma greve histórica por 24 horas. À meia-noite desta quarta-feira, os sabespianos voltam ao trabalho, mas deixaram neste dia 3 de outubro um recado de que vai ter luta.

“Os trabalhadores do saneamento junto com os companheiros metroviários e ferroviários mandaram um recado para o governador Tarcísio de que não vamos aceitar pacificamente o processo de privatização que ele tenta implementar aqui em São Paulo”.

A declaração é do presidente do Sintaema, José Faggian, que desde a madrugada desta terça-feira esteve presente em piquetes e encerrou o dia com um grande ato na Sabesp da Ponte Pequena.

“A greve cumpriu um feito muito importante que foi o de elevar a consciência da classe trabalhadora e também do nosso povo. O que está em disputa em São Paulo é um modelo de estado e o papel dos serviços essenciais na vida da classe trabalhadora. O que Tarcísio quer é privatizar tudo o que ele puder e contra isso nós temos que nos unir”, afirmou Faggian.

Os trabalhadores da Sabesp realizaram greve em todo o estado. Deixaram de funcionar todas as áreas da companhia sendo mantido o abastecimento de água e afastamento e tratamento de esgoto.

Faggian afirmou que Tarcísio vira as costas para o povo de São Paulo e para o trabalhador. Segundo o presidente do Sintaema, o governador quer transformar a Sabesp em uma empresa deficitária.

“O Tarcísio comete um crime tão grande que a Sabesp há mais de 20 anos não tira um real dos cofres do estado, ao contrário, a Sabesp devolve 500 milhões por ano em forma de dividendos. Agora a partir do processo de privatização vai ter que tirar dinheiro dos cofres do Estado para subsidiar a tarifa. Não sou eu que estou dizendo isso, mas o estudo que ele encomendou por 44 milhões de reais, sem licitação”, enfatizou Faggian.

“Eu acho que o saldo principal desse dia de greve e de luta é a unidade. A gente tem certeza que esse movimento não se encerra no dia 3”, completou.

Fotos: Eduardo Metroviche / Sintaema