Dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data alusiva à importância de se preservar o meio ambiente, proteger e defender nossas matas, cerrados, biomas e todas as espécies de plantas e animais que vivem nesses locais.
A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 com a qual foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Meio Ambiente Humano.
Mas o que comemorar frente à atual política ambiental do governo Bolsonaro?
Estamos presenciando no Brasil um verdadeiro retrocesso com a desconstrução de políticas ambientais conquistadas ao longo dos anos depois de muitos estudos e esforços dos ambientalistas e da sociedade.
Temos a péssima notícia de que a MP 867, que altera o Código Florestal para que ruralistas tenham anistias e prazos longos para se adequarem às normas ambientais, foi aprovada na Câmara dos Deputados.
A MP ainda prorroga indefinidamente o prazo dos produtores para se adequarem ao Programa de Regularização Ambiental, que prevê a obrigatoriedade de ações de recuperação ambiental, além de estabelecer que a adesão ao programa somente deva ser feito se o produtor for notificado. O Senado não votou a MP, porém o governo já estuda reeditar a medida.
Parece que tudo o que foi conquistado em termos de avanços é considerado como atraso pelo atual presidente Bolsonaro. O seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que já foi Secretário de Meio Ambiente de São Paulo, quer trocar o INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais por uma empresa privada alegando ineficácia do Instituto no combate ao desmatamento.
Salles deixou a desejar como secretário e agora quer expandir seu pacote de maldades a todo o Brasil, e sua política devastadora foi inclusive tema de um documento com duras críticas ao governo Bolsonaro sobre o desmonte do setor que vem sendo promovido nessa gestão. O documento foi feito e assinado em uma reunião de ex-ministros do Meio Ambiente, como Marina Silva e Rubens Ricupero, entre outros.
Outro exemplo de desvalorização das políticas ambientais é a sobre a atuação do IBAMA. Até o ano passado um dos principais focos de ações do órgão federal era a região da BR 163, no Pará, uma das áreas mais críticas de desmatamento ilegal da Amazônia. Este ano, em cinco meses de governo a mesma base está vazia, e houve apenas uma operação do IBAMA no local, segundo reportagem do jornal Folha de SP do dia 3 de junho.
Diante de tantos retrocessos precisamos intensificar a luta em defesa do Meio Ambiente e de todos os trabalhadores que nele operam e contribuem para sua conservação. Neste dia mandamos nosso abraço e admiração a todos os companheiros e companheiras da CETESB e da Fundação Florestal pela imensa colaboração que trazem ao Meio Ambiente. Estamos juntos na luta!