Nesta terça (8) a direção do Sintaema, junto com trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Florestal, se reuniu com o deputado estadual Caio França (PSB) e expôs ao parlamentar a situação de precarização salarial da categoria que há mais de seis anos trabalha sem nenhum reajuste salarial.
De acordo com a direção do Sindicato, na oportunidade, a categoria também relatou o desmonte do órgão, sem a realização de concursos públicos para recomposição do quadro e o grande número de empregados comissionados sem histórico ou vínculo profissional anterior com a Fundação. Cenário que impacta no histórico trabalho da Fundação Florestal, como o importante papel de cuidar das chamadas Unidades de Conservação (UCs).
Condições de trabalho
Os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Florestal da também denunciaram as inadequadas condições de trabalho, com o sucateamento de veículos, instalações, roupas, etc. Além disso, eles também denunciaram o precário valor do ticket refeição e o fato da categoria arcar com metade do valor da cesta básica.
Sobre a falta de valorização e reajustes salariais, o deputado estadual Caio França (PSB) indicou como caminho para fortalecer a luta dos funcionários da Fundação, junto com o Sintaema, a proposição de emendas dentro do projeto da Lei Orçamentária Estadual, que tramita anualmente na ALESP.
Segurança
Na oportunidade, o Sindicato apresentou ao deputado Caio França o temor dos funcionários da Fundação em relação à segurança. “Há no seio da categoria um temor sobre o risco de morte para realizar o trabalho. Eles temem pela relação com os garimpeiros, palmiteiros ou extratores de madeira ilegal na Mata Atlântica, local de atuação principal dos funcionários de ponta do órgão (guarda-parques)”, relataram os trabalhadores presentes na reunião.
Luta na Alesp
“O parlamentar, que é o atual presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alesp, acolheu a pauta do Sindicato, construída junto com os funcionários da Fundação, e irá propor a realização de uma audiência pública na Casa Legislativa e a convocatória do secretário de Meio Ambiente, para cobrar providências sobre a situação crítica dos trabalhadores da Fundação Florestal”, informou o presidente do Sintaema, José Faggian.
Ele ainda lembrou que o Sintaema continuará em luta em defesa da categoria, mobilizando mais parlamentares, denunciando a situação à sociedade e alertando sobre a atual política de João Doria, que escanteia a importância da conservação e preservação do meio ambiente.
“Vamos seguir firmes com o nosso movimento, pela valorização da categoria e pela implementação de uma verdadeira política pública para as Unidades de Conservação, com a ampliação do quadro funcional através de concursos, salário digno e planos de carreira”, reafirmou Faggian.