Sintaema promoveu seminário que abordou os principais pontos da reforma trabalhista e os impactos negativos na vida do trabalhador
Para esclarecer sobre o desmonte que o governo golpista de Temer promoveu na CLT o Departamento de Formação do Sintaema promoveu o Seminário sobre a Reforma Trabalhista, no dia 31 de agosto, no Hotel Excelsior, no centro de São Paulo, tendo como palestrantes os advogados Dr. Ailton Alves da Silva e Dr. Magnus Farkatt, que explanaram com propriedade sobre as mudanças na Lei e seus impactos negativos na vida dos trabalhadores, um verdadeiro retrocesso que somente poderia vir de um governo ilegítimo que atende aos ditames do empresariado.
Devido à complexidade das mudanças, as palestras abordaram os principais pontos da Lei 13.467/17, incluindo fracionamento de férias, prevalência do acordo individual sobre o acordo ou convenção coletiva, restrição ao acesso dos trabalhadores no ingresso de ações judiciais, trabalho intermitente e outras mazelas. A lei sancionada em 13/7/17 alterou 117 artigos da CLT e terá vigência a partir de 11/11/17.
O seminário, que reuniu quase 300 pessoas entre convidados, diretores e delegados sindicais vindos de várias regiões do Estado, elucidou dúvidas e ampliou os conhecimentos de todos os participantes que serão multiplicadores dessas informações na base.
Entre os convidados destacamos a presença dos ex-presidentes do Sintaema, companheiros Nivaldo Santana e Helifax de Souza, e do secretário sindical do PCdoB, Vanius de Oliveira. Os companheiros prestigiaram o seminário e levaram suas mensagens aos trabalhadores.
Vale ressaltar que o evento foi filmado para em breve estar na página do Sintaema na Internet e transmitido ao vivo pela página do sindicato no Facebook (Clique aqui e acesse) , onde estão os arquivos para serem acessados a qualquer momento.
Confira alguns trechos do seminário:
“Esse debate com os trabalhadores é imprescindível, uma vez que a reforma veio para atender ao empresariado”.
João Passos – Diretor de Formação
“O trabalhador deve dizer não para qualquer alteração no contrato de trabalho da qual ele não concordar, uma vez que o artigo 468 da CLT, que lhe garante esse direito, não foi modificado”.
Dr. Ailton Alves da Silva
“A reforma foi feita com os mesmos fundamentos de reformas feitas na Europa depois da crise de 2008. As mudanças por lá não cumpriram seus objetivos, visto que o nível de desemprego manteve-se o mesmo na zona do Euro”.
Dr. Magnus Farkatt
“Essa reforma visa enfraquecer a classe trabalhadora. O próximo golpe será a reforma da previdência. Por isso a categoria deve se manter unida e mobilizada. Vamos às ruas lutar pelos rumos que queremos dar ao nosso país e intensificar o debate de ideias, com ou sem imposto sindical”.
Rene Vicente – presidente do Sintaema e da CTB estadual