Após oito dias em greve e forte pressão sobre o governo João Doria, os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) conquistam os reajustes de 2,60%, referente ao ano 2020, e 7,81%, referente ao ano de 2021.
Lembrando que esses índices acumulam e a composição final do reajuste será de 10,61% sobre os salários e benefícios do conjunto da categoria.
De acordo com a proposta do governo, os reajustes serão aplicados a partir de 1º de janeiro de 2022 para o conjunto da categoria que trabalha na empresa. Sobre os dias parados, a categoria aprovou em assembleia a proposta de 50% abonados e 50% descontados do banco de horas.
Após cobrança do Sintaema sobre a data do pagamento dos reajustes, a CETESB indicou que aplicará esforços para garantir o pagamento já no dia 31 de janeiro ou por meio de folha complementar.
A negociação para a construção da proposta apresentada à categoria ocorreu na tarde desta quarta (19) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em audiência de conciliação com a empresa e foi aprovada por ampla maioria na assembleia logo após a audiência no TRT.
“Essa é uma importante conquista da luta da categoria, que vem há dois anos lutando para garantir a recomposição salarial e dos benefícios. Agora a luta continua pela garantia os retroativos”, avisou o presidente do Sintaema José Faggian.
Ele ainda criticou a postura do governo sobre o fato do não pagamento dos retroativos. “O governo usa como argumento para não pagar os retroativos a Lei Complementar 173/2020, mas é bom destacar: esse argumento não se sustenta e vamos seguir lutando. A categoria não abre mão desse direito”.
Faggian também explicou que, assim que o acordo for homologado, o Sindicato entrará com ação de cumprimento das sentenças já conquistadas no TRT para o pagamento dos retroativos.
Durante a assembleia, os diretores e diretoras do Sintaema ressaltaram a importância que teve a participação dos trabalhadores e trabalhadoras no movimento paredista e frisaram que a greve foi fundamental para dobrar o governo e arrancar essa vitória.
Entenda a luta!
Há dois anos, a categoria luta pelo pagamento dos dissídios de 2020 e 2021 negados pela gestão João Doria. Contra o descaso do governo, e após diversas tentativas de reuniões de cobrança, a categoria deflagrou a greve.
A postura do governo desrespeita duas decisões do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a favor dos trabalhadores, pelo pagamento dos reajustes.