Publicação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a partir do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, no Brasil, 12,2 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado ao esgotamento sanitário e 2,1 milhões sem acesso adequado a água.
Os dados revelam um cenário de desigualdade e perigo à vida. Uma realidade os expõe a riscos severos, comprometendo a saúde, afetando o desenvolvimento físico, agravando a vulnerabilidade e ampliando a exclusão educacional e social.
Nordeste e Norte são os mais afetados
De acordo com o levantamento do IBGE, os desafios de acesso a água e saneamento são mais severos no semiárido nordestino e na região amazônica. Além disso, 25% das crianças e adolescentes indígenas não têm acesso adequado a água e 48% vivem sem esgotamento sanitário.
Em relação a cor/raça, quase 70% das crianças e adolescentes com acesso inadequado a esgotamento sanitário são pretas ou pardas.
Cenário no mundo
A Unicef também destaca que, no mundo, cerca de 600 milhões de crianças viverão em áreas com extrema escassez de água até 2040.
O estudo alerta para os impactos na saúde e sobrevivência infantil e revela que as mudanças climáticas, a privatização, o aumento da demanda por água e a má gestão dos recursos hídricos são os principais fatores que intensificam essa crise.
Com informações da Agência Brasil