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Dois anos de golpe!

Na semana passada, o governo ilegítimo de Temer comemorou dois anos de governo de maneira descarada e trágica, já que nesse período aplicaram um pacote de maldades que fez o Brasil regredir ao invés de avançar, como prometiam antes do golpe.

 

Baseado em um tripé de ajuste fiscal, reformas trabalhista e previdenciária, os ataques de Temer já são sentidos pelos trabalhadores.

A PEC 95 que congela os gastos públicos por 20 anos já demostra os seus efeitos com o país voltando ao Mapa da Fome da ONU, com milhares de brasileiros voltando à linha da pobreza.

O fim do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, a redução drástica do Programa Minha Casa, Minha Vida, dentre outros de fundamental importância para a retomada do crescimento e a superação da desigualdade social que vem se aprofundando nos últimos dois anos denotam o retrocesso.

Dados do IBGE de abril apontam que a utilização do carvão ou lenha em substituição ao gás de cozinha subiu de 16% para 17,6% mostrando que mais de 1,2 milhão de brasileiros deixaram de utilizar o gás.

Situação essa fruto do desmonte que está ocorrendo na Petrobras sendo entregue ao capital estrangeiro e servindo a interesses antinacionais. No campo trabalhista, a reforma de Temer já se faz sentir seis meses após a aprovação do projeto que mexeu com profundidade na CLT.

O patronato vem pra cima querendo rebaixar direitos conquistados com muitas lutas sociais. Nos primeiros seis meses da aplicação da reforma trabalhista, o número de ações na Justiça do Trabalho diminuiu 46% em relação ao semestre anterior à reforma. Este fato se dá diante do receio dos trabalhadores em ter que arcar com verbas periciais e sucumbência judicial caso percam a ação.

Como podemos ver, o golpe foi do capital contra o trabalho. Temer é apenas um fantoche das elites especulativas do mercado financeiro que comprou sua sobrevida no governo através da entrega do patrimônio nacional.

A previdência pública está na mira, brecada momentaneamente pelas lutas sindicais e por conta do calendário eleitoral, porém, não se enganem: esta exigência do capital especulativo voltará à pauta assim que passadas as eleições.

Frente a todo esse cenário não podemos e nem devemos apagar da memória os traidores da classe trabalhadora não reelegendo aqueles que votaram a favor das reformas que retiram direitos de nosso povo e entregam o patrimônio nacional.

Nossa luta é em defesa da democracia, por eleições diretas com participação do povo. Portanto, não temos nada a comemorar. As políticas neoliberais do governo golpista levou o país, em dois anos, a um retrocesso de 20 anos. Somente com uma frente ampla, embasada em um programa de desenvolvimento com distribuição de renda e recuperação do patrimônio nacional será possível superarmos as mazelas de Temer e seus comparsas.

Com organização e unidade iremos superar os ataques e não deixar que retirem nenhum direito. Como dizia o velho barbudo que completou 200 anos no dia 5 de maio, trabalhadores do mundo, uni-vos!

Rene Vicente
Presidente do Sintaema e da CTB/SP.