Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o resultado das campanhas salariais finalizadas em julho trouxe reajustes salariais piores em relação aos meses anteriores.
Segundo o Dieese cerca de metade dos reajustes (47,3%) ficou abaixo da variação medida pelo INPC-IBGE, 31,8% tiveram ganho real e 20,8% foram equivalentes ao índice oficial, que se mantém na casa dos dois dígitos. O IPCA em 12 meses, até julho, soma 10,07% e o INPC, 10,12%.
Assim, a variação real média dos reajustes salariais de julho foi novamente negativa: 1,10%. De janeiro a julho, o saldo também é desfavorável aos trabalhadores. Somente 20,7% do reajustes superaram o INPC. Outros 35,4% foram equivalentes à inflação acumulada e 43,9% terminaram abaixo do índice. A variação média é de 0,84%.
Variação por setor
De acordo com o Dieese, no setor de comércio, 69,6% de acordos de reajustes salariais ficaram iguais ou superiores à inflação.
Na indústria, são 65%, mas é o segmento com maior participação de aumentos reais (26,9%). Um destaque para a Região Sul, que registrou 74,6% dos reajustes iguais ou superiores à inflação. No Centro-Oeste, as correções atingiram apenas 32% dos casos.
Já no setor de serviços, por outro lado, mais da metade (52,6%) ficou aquém do INPC.
Pisos de admissão
Também no ano, o valor médio dos pisos de admissão é de R$ 1.513,27, quase 25% acima do salário mínimo. O maior é do setor de serviços (R$ 1.527,23) e o menor, do setor rural (R$ 1.471,97).
Fonte: RBA