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Privatização da Educação | CTB e demais centrais denunciam governador do Paraná na OIT

PRIVATIZAÇÃO. Professores do Paraná têm longo histórico de lutas contra os últimos governos estaduais (Foto: Eunice Miyamoto/ CUT Paraná).

Por práticas antissindicais, ataque ao direito de greve, violência contra os trabalhadores e trabalhadoras da Educação e a ameaça de prisão contra a presidenta do Sindicato dos Professores do Estado do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Mazeto, a CTB e demais centrais apresentaram denúncia formal à Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o governo estadual do Paraná e seu governador, Ratinho Junior (PSD).

A denúncia ocorreu durante a 112ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, na Suíça, e destacou a truculência e perseguição da gestão Ratinho Jr.  contra os professores que realizaram justa e aguerrida greve entre os dias 3 a 5 de junho (veja abaixo) na qual denunciaram o projeto de privatização da Educação do governo estadual e o desmonte das escolas públicas.

A 112ª Conferência Internacional do Trabalho anual começou no dia 3 de junho e se encerra nesta sexta (14).

De acordo com o documento apresentado pela CTB, além de “descontos e até demissão para aqueles que aderissem à greve, o governo impôs a cobrança de multa diária de R$ 100 mil, sob alegação que o sindicato teria descumprido liminar sobre o movimento grevista”.

As centrais pedem que o Comitê de Liberdade Sindical da OIT se “manifeste de forma veemente contra as práticas persecutórias do governo do estado do Paraná, deixando claro que a conduta de Ratinho Junior é incompatível com a Constituição da OIT, e com as Convenções 87, 151 e 154”.

Entenda a luta do professorado no Paraná

Tal como a cartilha de Tarcísio de Freitas aqui em São Paulo, o governo no Paraná colocou para ser votado em regime de urgência um projeto que permite privatizar a educação e coloca em risco não só a qualidade do ensino público, mas também o emprego de professores e professoras de, ao menos, 200 escolas. Frente a isso, os professores e professoras do Paraná entraram em greve no dia 3 de junho.

Entre as denúncias da categoria, o projeto “Parceiros da Escola” traz em sua redação termos como “empresa gestora”, “inovação”, “eficiência e eficácia”.

A luta do professorado reuniu nas ruas de Curitiba mais de 20 mil pessoas que resistiam ao ataque em meio à repressão policial, que utilizaram bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha. Informações da imprensa local dão conta de que dois manifestantes foram presos pela PM.

A sessão legislativa, que chegou a ser suspensa, foi retomada horas depois em modalidade virtual e o projeto foi aprovado em primeira votação por 39 votos favoráveis e 19 contrários.

Com informações das agências